quinta-feira, 11 de abril de 2019

OS NERVOS ESPINHAIS E OS NERVOS SEGMENTARES DO TRONCO ENCEÁLICO


OS NERVOS ESPINHAIS E OS NERVOS SEGMENTARES DO
TRONCO ENCEÁLICO.
Os “nervos espinhais”, seus respectivos “plexos” e “nervos dos centros segmentares” ( nervos cranianos ), fazem parte do sistema nervoso periférico, sendo este sistema nervoso periférico, oriundo das Cristas Neurais bilaterais, conforme tivemos oportunidade de comentar, no início do texto deste volume.
Assim,. Recordando aqueles comentários, as “Cristas Neurais bilaterais”, oriundas do neuroectoderma, constituem uma dupla faixa neuroectodérmica, não utilizada, pelo ducto neural, no fechamento da placa neural. Assim, estas Cristas Neurais bilaterais, darão origem aos gânglios sensitivos, anexos aos nervos espinhais e aos futuros nervos cranianos do Tronco encefálico
constituindo, assim, as “origens do Sistema Nervoso Periférico, envolvendo o tronco encefálico e a medula espinhal.
Portanto, os corpos de neurônios, que darão origem ao sistema nervoso periférico, e envolvendo os diversos gânglios, apresentam suas origens nas citadas “Cristas neurais”. Além disso, as “Cristas Neurais” originam, também, os “Gânglios Parassimpáticos: ( Ciliar, óptico, ptérigopalatino e sub-mandibular ), além dos Gânglios e Neurônios Motores Simpáticos ( cadeias simpáticas ) e parassimpáticos:
Sistema nervoso Autonômico ( cadeias simpáticas: paravertebral e pré-vertebral
Os “nervo espinhais periféricos,” estabelecem, com a medula espinhal, conexões
morfo-funcionais, sendo, em seu conjunto, responsáveis, pela inervação do “tronco
humano, dos membros e da cabeça”.
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EstesEstes nervos medulares, são representados, por trinta e um ( 31 ) pares de
nervos segmentares medulares, os quais, se forem considerados, os dois pares
vestigiais de nervos coccígeos, passariam, para trinta e três ( 33 ) pares.
Todos estes pares de nervos medulares segmentares, organizam-se,
perifericamente, em : oito ( 08 ) pares de nervos “cervicais”, doze ( 12 ) pares de nervos
torácicos, cinco ( 5 ) pares de nervos lombares, cinco ( 05 ) pares de nervos
sacrais e um par de nervos coccígeos.
Cada um destes nervos espinhais e de cada lado, é constituído, pela união das
raízes dorsais e ventrais, oriundas das pontas sensoriais e motoras da medula espinhal.
Na raiz dorsal destes nervos, localiza-se o gânglio espinhal, no qual, se
encontram os corpos dos diversos neurônios sensoriais ( exteroceptivos,
proprioceptivos e visceroceptivos ), cujos prolongamentos periféricos reunidos,
constituem a raiz propriamente dita, sensorial posterior, de cada um, destes
nervos.
Pela reunião destas raízes dorsais e ventrais, para cada segmento medular (
mielômero ), estrutura-se o tronco do nervo espinhal que, por razões óbvias, é um
nervo misto.
Este tronco de nervo espinhal, emerge do canal vertebral, através, dos respectivos foramens intervertebrais, dividindo-se, logo após, em um ramo dorsal e um ramo ventral. . Em geral, os ramos dorsais destes nervos espinhais, são mais curtos e os ramos ventrais, são, mais longos Os ramos ventrais dos nervos medulares, com exceção dos nervos intercostais, ( estes de natureza unissegmentar ), anastomosam-se e intercruzam-se, constituindo, assim, os conhecidos “plexos medulares Com este mecanismo de formação dos diversos plexos, seus nervos são, consequentemente, plurissegmentares, nos quais, participam fibras de diversos segmentos medulares, diferenciando-os dos nervos intercostais que, como já comentado, são unissegmentares, ou seja, com fibras de apenas um segmento medular. O estudo dos “plexos medulares”: ( cervical, braquial, lombar, sacral e pudendo ou coccígico ), é da maior importância na prática diuturna da clínica médica.

Todavia, seu estudo completo, deve ser realizado, simultaneamente, com o desenvolvimento, do estudo da “anatomia segmentar dissecatória” da disciplina de anatomia geral, facilitando e permitindo, ao estudante, estudar todos os plexos medulares, simultaneamente, com os trabalhos práticos dissecatórios segmentares do corpo humano.

Foi justamente, considerando, esta situação didático-pedagógica que, em um de nossos trabalhos já publicados, sob o título: “Atlas Anatômico de Dissecações Segmentares, Nervos e Plexos Medulares”, esta associação é tratada com os necessários detalhes, inclusive, neste trabalho, também, tratamos do estudo dos plexos e nervos periféricos.

Neste volume, considerando a necessidade, sempre presente, de se integrar ao máximo o estudo da medicina tanto no sentido vertical como horizontal, faremos, em relação aos “nervos periféricos da medula espinhal”, um estudo de seus “nervos e plexos medulares”, apresentando, inclusive, iconografia adequada e objetiva deste estudo. Por outro lado, considerando os “ dez nervos” ( ou “centros segmentares” do tronco encefálico ) e os dois nervos localizados nas vesículas cerebrais, num total de doze ( 12 ) nervos cranianos, os mesmos, novamente serão apresentados em suas origens reais no encéfalo, com seus componentes funcionais, trajetos periféricos e respectivas funções, quando trataremos, em nova monografia neuroanatômica, do tronco encefálico e do córtex cerebral
Os “nervos” são feixes de fibras nervosas ( fibras estas, também, conhecidas por
“componentes funcionais” ), formando cordões esbranquiçados, envolvidos em tecido conjuntivo.

Estes unem, funcionalmente, e morfologicamente, o “sistema nervoso central ao sistema nervoso periférico e aos órgãos periféricos Suas origens relacionam-se, seja ao cérebro, quando se formam os “nervos cranianos supra-segmentares ( olfatório e óptico )”, seja ao tronco encefálico, a partir dos corpos celulares de neurônios, localizados, anatomicamente, em gânglios sensitivos cranianos, anexos a alguns nervos cranianos, associados a axônios, oriundos das colunas somatomotora e viscero-motora do tronco encefálico, ou então, relacionados aos nervos da medula espinhal, a partir dos corpos de neurônios medulópetos, localizados em gânglios sensitivos da medula espinhal  associados à axônios envolvidos com as colunas somatomotora e viscero-motora da medula espinhal. Significativa parte destas fibras nervosas ( ou componentes funcionais ), são de natureza visceral geral e, portanto, relacionadas, também, ao “sistema nervoso
visceral geral” autonômico em suas partes: parassimpática, relacionada
ao tronco encefálico e simpática, de localização tóraco-lombar
 A função dos nervos, encontra-se estritamente relacionada à condução de
impulsos nervosos, através de, seus componentes funcionais. Portanto, em
“Neuroanatomia”, não constituem sinônimos, as expressões: “nervos aferentes e
nervos eferentes”. Os termos “aferentes e eferentes”, em neuroanatomia relacionamse,
principalmente, aos “componentes funcionais de determinado nervo”.
Esta condução de impulsos, pode ser realizada, em dois sentidos ou “direções
distintas”, ou seja:
1ª) – Uma parte dos nervos, é formada por componentes funcionais, cujas
funções se relacionam à condução de impulsos nervosos motores ( efetores ou
eferenciais ) do corpo celular dos neurônios laterais ou inferiores, a partir do “centro,”
para a “periferia”. Tais nervos, são formados por “fibras eferentes somáticas ( ou e )
“fibras eferentes viscerais gerais”, bem como, por “fibras eferentes viscerais especiais,
relacionadas aos nervos oriundos do tronco encefálico e pertencentes â “coluna
branquiomotora” do tronco encefálico. Nesta coluna “branquiomotora” do
tronco encefálico, encontramos os núcleos segmentares branquiomotores dos nervos
cranianos: Trigêmeo ( Vº ), facial ( VIIº ), glossofaríngeo ( IXº ), vago ( Xº ) e raiz
branquiomotora do nervo espinhal acessório ( XIº ). São, portanto, “nervos
eferenciais branquioméricos”, ou “raízes motoras
 Outra parte dos nervos, é formada pelo conjunto de componentes aferentes
somáticos e de componentes aferentes viscerais, respectivamente, .
responsáveis pela condução de estímulos periféricos, em direção central. São,
portanto, “nervos aferenciais”. Neste particular, devemos chamar a atenção, para o
fato de que, nem sempre, um nervo aferencial é um nervo sensitivo, ou seja, nem
sempre, os impulsos aferentes são sensitivos. Assim, todo impulso nervoso, que penetra
no sistema nervoso central é “aferente”, porém, apenas os estímulos, que despertam
alguma forma de sensibilidade podem, também, ser chamados de “sensitivos”. Assim,
por exemplo, os impulsos do “corpo carotídeo ou do seio carotídeo” são ambos,
aferentes, porém, não despertam qualquer sensibilidade consciente nos indivíduos.
Portanto, são aferenciais, porém, não são, necessariamente, sensitivos,
Estes neurônios, formados por componentes funcionais aferentes ( somáticos ou
viscerais ) são, portanto, componentes funcionais aferenciais das raízes sensitivas,
que penetram, no sulco lateral - posterior da medula espinhal
São, “neurônios pseudo-unipolares, que apresentam dois prolongamentos,
sendo, um deles, periférico e, o outro central
O “prolongamento periférico,” estabelece conexões com os neurorreceptores
periféricos, objetivando receber os respectivos estímulos. O “prolongamento central”
dirige-se à substância cinzenta da ponta sensitiva dorsal da medula espinhal, na qual,
estabelecerá conexões sinápticas, com neurônios medulares relacionados aos dois
grandes “sistemas ascendentes da medula espinhal”, ou seja: “Sistema ântero-lateral” e
“Sistema cordão dorsal-lemnisco medial” No caso de se tratar de um
“nervo craniano”, os “prolongamentos centrais” dirigir-se-ão aos respectivos núcleos,
localizados, no encéfalo ( cérebro ou tronco encefálico )
prolongamento periférico destes neurônios pseudo-unipolares, conduz os impulsos
nervosos centripetamente e funciona, como um “dendrito”, enquanto, o prolongamento
central é, morfo-funcionalmente, um axônio, conduzindo os impulsos, através dos
tratos ascendentes da medula espinhal, aos centros superiores do sistema nervoso
central  Assim, os “nervos periféricos da medula espinhal”, são estruturas
anatômicas, das quais, participam, os componentes funcionais, ou seja: “fibras
eferentes somáticas na coluna somatomotora, fibras eferentes viscerais
gerais  na coluna viscero-motora, fibras aferentes somáticas gerais  na coluna somatossensível, fibras aferentes viscerais gerais )
na coluna viscerossensível. No caso de se tratar de “um nervo craniano”, conforme já
foi comentado, por força do desenvolvimento ontogenético do embrião, surgem no
nível das vesículas do tronco encefálico, os “arcos branquiais”, responsáveis, pela
formação de diversas estruturas anatômicas, apenas encontradas, na região cervical,
parcialmente, e no viscero-crânio.
Assim, surge, no tronco encefálico, as colunas: branquiomotora
ou seja “fibras eferentes viscerais especiais” e coluna branquiossensivel ou
seja: fibras eferentes viscerais especiais, que serão responsáveis pelo fornecimento dos
componentes funcionais eferentes viscerais especiais e pelas fibras aferentes viscerais
especiais
Assim, constituídos os nervos espinhais, formam-se trinta e três ( 33 ) pares de
nervos espinhais ( um para cada lado da medula espinhal ). Entretanto, em realidade,
são formados, apenas trinta e um pares ( 31 ) de nervos espinhais. Isto porque, os
últimos dois pares de nervos coccígeos, são apenas vestigiais, no filamento terminal da
medula espinhal, sem qualquer significado funcional ( fig.: 82 ). Portanto, estes
restantes trinta e um ( 31 ) pares de nervos espinhais, se distribuem em: oito ( 08 )
pares de nervos espinhais cervicais, doze ( 12 ) pares de nervos espinhais torácicos,
cinco ( 05 ) pares de nervos espinhais lombares, cinco ( 05 ) pares de nervos espinhais
sacrais e um ( 01 ) coccígeo. Aos trinta e um pares de nervos espinhais, correspondem:
trinta e um ( 31 ) segmentos medulares acima explicitados .No caso dos
nervos cranianos, temos uma distribuição de dez ( 10 ) nervos, relacionados em suas
origens ao tronco encefálico  dois ( 02 ) nervos cranianos relacionados ao
cérebro ( Telencéfalo e Diencéfalo ). Os nervos espinhais, conforme já foi
comentado, emergem, aparentemente, de cada lado da medula espinhal  de forma regular, sendo responsáveis pela inervação de territórios do tronco
humano, dos membros e de parte da cabeça. Cada um destes nervos, como já foi visto,
é formado, pela união de suas radículas ( ou raízes ) anteriores e posteriores, as quais,
no nível de cada segmento metamérico, se unem, para constituir as raízes mencionadas
( anteriores e posteriores ).
Desta união surgem os nervos espinhais situados,
distalmente, ao gânglio sensorial espinhal, localizado na raíz dorsal dos segmentos
medulares
Portanto, no nível das raízes dorsais da medula espinhal ( fibras aferenciais ),
localizam-se os gânglios espinhais, nos quais,
se situam os”corpos neuronais medulópetos” ( ou seja, que se dirigem para a medula
espinhal ). Estes neurônios, são conhecidos, anatomicamente, por: neurónios
exteroceptivos, neurônios proprioceptivos e neurónios visceroceptivos,
O segmento medular de um nervo, corresponde à parte da medula espinhal,
na qual, são estabelecidas as conexões, entre os, componentes radiculares, que
participam da composição deste nervo. Por outro lado, a raiz ventral (
anterior, motora ou efetora ), é formada por componentes funcionais eferentes
somáticos e componentes funcionais eferentes viscerais gerais. Estes últimos,
apresentam seus corpos neuronais, na coluna intermédio-lateral da medula espinhal (
sistema autonómico simpático )
Estes componentes eferentes da raiz motora (referenciais ou somáticos), se unem
aos componentes funcionais aferentes da raiz dorsal medular, lateralmente ao gânglio
espinhal sensorial, constituindo, assim, o “tronco do nervo espinha
 Este nervo, assim constituído, é conhecido por “nervo misto”, ou seja, que possui
Componentes funcionais motores e sensitivos
O nervo, assim formado, em se tratando de “nervo medular”, emerge do canal
vertebral, através do forame intervertebral correspondente
Pouco depois de sua emergência, divide-se, em seus ramos: dorsal e ventral (
Cada um destes ramos ( ventral e dorsal ), contém seus respectivos
componentes funcionais motores e sensitivos, os quais, finalmente, em seu longo
trajeto, distribuem-se, em geral, nas regiões anteriores e posteriores do pescoço, do
tronco e dos membros, dirigindo-se aos músculos estriados somáticos e à pele
das referidas regiões.
Quando realizamos o estudo dos nervos cranianos, é habitual, nos referirmos a
duas origens para cada nervo. A primeira origem, é conhecida como “origem
real” e esta relacionada à localização anatómica dos corpos dos neurónios, cujos
axônios, se unem para a formação do tronco do referido nervo
A “origem aparente” deste mesmo nervo craniano, corresponde ao ponto de sua
emergência ou entrada, na superfície do sistema nervoso central
71, 83 e 122 ). Também, para os nervos medulares, temos as mesmas
considerações, quanto às suas origens. Neste caso, a origem aparente de um
nervo medular, esta relacionada ao sulco lateral anterior e lateral posterior da
medula espinhal ( fig.; 83 ). Alguns autores consideram, ainda, as possibilidades
de se associar as origens aparentes dos nervos, em relação ao esqueleto. Nestes
casos, em se tratando de nervos cranianos, a “origem esquelética aparente”
encontra-se relacionada a diversos orifícios ( ou forames ) e condutos da
base do crânio. Entretanto, no caso de nervos medulares, a origem aparente
esquelética, encontra-se relacionada aos forames de conjugação intervertebrais.
Como já foi explicitado, a função de um nervo, encontra-se restrita apenas à sua
capacidade para conduzir estímulos e impulsos. A velocidade de condução destes
implsos, entretanto, varia de um metro a cento e vinte metros por segundo. Esta
variação de velocidade de condução, entretanto, depende da “quantidade de
revestimento de mielina encontrada nos axônios destes nervos”.
Nos nervos mais ricamente mielinizados, esta velocidade, naturalmente, se torna
maior, mais rápida. Assim, segundo a capacidade de transmissão de impulsos de
um nervo, estes podem ser classificados em três grupos, conhecidos por: “Grupo
A”, “Grupo B” e “Grupo C”, que significa respectivamente: “nervos de grande
calibre ou “diâmetro”, nervos de diâmetro “médio” e finalmente, “nervos
de calibre “diâmetros finos”. As mais mielinizadas são aaquelas do “grupo A”
DESENVOLVIMENTO DAS COLUNAS MOTORAS E
SENSORIAIS FUNCIONAIS DA MEDULA ESPINHAL.
No grupo B, reúnem-se as fibras pré-ganglionares do sistema nervoso autonômico e, no
Grupo C, reúnem-se as fibras pós-ganglionares do sistema nervoso autonómico e
discreto número de fibras relacionadas à condução de impulsos álgicos ( dolorosos ou
nóxicos ), Portanto, fibras aferenciais, oriundas de
visceroceptores, são fibras viscerais, enquanto fibras aderências somáticas, são fibras:
exteroceptivas e proprioceptivas. O conjunto destas fibras ( exteroceptivas,
proprioceptivas e visceroceptivas ), é conhecido por “neurónios medulemos”
61, 62 e 63 ), enquanto as fibras motoras inferiores ou laterais da medula espinhal,
são conhecidas por “neurônios medulófugos
As fibras classificadas como “fibras eferentes somáticas” se dirigem aos
músculos estriados esqueléticos, enquanto as “fibras eferentes viscerais” se dirigem aos
músculos lisos, músculo cardíaco e às glândulas, integrando o “Sistema nervoso
autonômico”
Esta classificação, relaciona-se, especificamente, aos nervos espinhais, pois, os
nervos cranianos são mais complexos. Isto porque, conforme já foi comentado, no nível
do tronco encefálico, em virtude do aparecimento ontogenético dos “arcos branquiais”,
surgem novas estruturas anatómicas, principalmente, musculares branquioméricas,
localizadas nas regiões: cervical e no viscero-crânio.
Por este motivo, são formadas duas novas colunas nucleares no tronco
encefálico, ou seja: coluna branquio-motora e coluna branquiossensível, responsáveis
por novos componentes funcionais no tronco encefálico, ou seja: “fibras eferentes
viscerais especiais” e “fibras aferentes viscerais especiais
Devido a esta situação ontogenética, encontramos na medula espinhal, apenas
quatro colunas nucleares  e, no tronco encefálico, encontramos seis
colunas nucleares
Finalmente, constituídas as raízes dorsais ( ou aferenciais ) e ventrais ( ou
eferenciais ou motoras ) dos diversos pares de nervos medulares e estabelecida a
devida divisão em: ramos anteriores e ramos posteriores, a partir do tronco do nervo
estruturado, seguindo estes ramos distais, em sua distribuição, constatamos que, os
ramos de divisão ventral dos troncos dos nervos espinhais, distribuem-se: nos ossos, na
musculatura estriada, nos vasos dos membros, nas regiões ventro-laterais do pescoço e
ventro-laterais do tronco.
No nível dos nervos espinhais torácicos, ( conhecidos pela denominação
anatômica de nervos intercostais ), os ramos ventrais seguem um trajeto,
aproximadamente, paralelo e, em seus respectivos espaços intercostais. Todos eles
guardam a mesma disposição metamérica de todos os nervos no inicio do
desenvolvimento ( fig.: 82 ), sem participar dos plexos medulares. São unisegmentares.
Entretanto, a “maioria dos ramos ventrais dos nervos espinhais”, em seus
trajetos, anastomosam-se, intercruzam-se e estabelecem trocas de componentes
funcionais, entre si, constituindo, assim, de forma plurisegmentar, os conhecidos e
importantes “Plexos nervosos Medulares” ( figs.: 84, 86, 87 e 88 ).
Portanto, os nervos oriundos destes diversos plexos: ( cervical, braquial,
lombar, sacral ),são nervos plurisegmentares , em virtude destes intercruzamentos e
anastomoses e destas trocas de posições de seus respectivos componentes funcionais,
possuindo fibras, cujas origens, se encontram, em mais de um segmento medular
aproximadamente, paralelo e, em seus respectivos espaços intercostais. Todos eles
guardam a mesma disposição metamérica de todos os nervos no inicio do
desenvolvimento ( fig.: 82 ), sem participar dos plexos medulares. São unisegmentares.
Entretanto, a “maioria dos ramos ventrais dos nervos espinhais”, em seus
trajetos, anastomosam-se, intercruzam-se e estabelecem trocas de componentes
funcionais, entre si, constituindo, assim, de forma plurisegmentar, os conhecidos e
importantes “Plexos nervosos Medulares
Portanto, os nervos oriundos destes diversos plexos: ( cervical, braquial,
lombar, sacral ),são nervos plurisegmentares , em virtude destes intercruzamentos e
anastomoses e destas trocas de posições de seus respectivos componentes funcionais,
possuindo fibras, cujas origens, se encontram, em mais de um segmento medular
Portanto, os “plexos nervosos da medula espinhal”, dos quais, provêm nervos
colaterais e terminais, são formados na estrutura da medula espinhal, em cada lado,
sendo estruturados, nas seguintes bases anatômicas:
1º ) – Plexo Cervical: Formado pelos ramos ventrais
2º ) – Plexo Braquial: Estruturado essencialmente, pelos ramos ventrais
3º ) – Plexo Lombossacral: Estruturado, basicamente, pelos ramos ventrais
de L1 a S3 ou S4, isto porque, o plexo lombar, em realidade
tem sua maior parte formadora, a partir do segundo ramo ventral, o qual,
associado ao terceiro e quarto nervos lombares, contribuem para a formação
dos dois principais ramos do plexo lombar, enquanto em relação ao plexo sacral, é
formado, geralmente, pela união dos nervos ventrais dos: quarto e quinto nervos
lombares e dos três ou quatro nervos sacrais. Sendo este plexo lombossacral
extremamente profundo na região abdominal e, ha a necessidade de “vias de
dissecações extremamente profundas do abdome”. Por este motivo, seu estudo deve,
também, preliminarmente, ser realizado durante as aulas do módulo de
Anatomia segmentar abdominal da disciplina de anatomia geral
O conhecimento perfeito dos componentes funcionais dos nervos medulares,
aliado ao conhecimento de seus intercruzamentos, re-distribuições e trocas de posições
segmentares, bem como a visão global da distribuição geral de todos estes plexos, em
todos os territórios anatômicos: segmentares, topográficos, clínicos e cirúrgicos, é da
maior importância médica, exigindo do profissional médico significativo conhecimento
e discernimento, necessários, não apenas, para o perfeito diagnóstico clínico
neurológico, como também, em relação às respectivas terapêuticas clínicas ou
cirúrgicas, suas indicações e limites.

HISTÓRICO EVOLUTIVO FILOGENÉTICO DOS
NEURORRECEPTORES PERIFÉRICOS.
Em consequência do surgimento, no processo evolutivo filogenético dos
“Metacárpios”, de estruturas mais complexas, as células musculares migraram, em
suas posições anatómicas, para localizações mais profundas e, desta forma, foram
perdendo, progressivamente, seu contacto directo, com o meio externo.
Naquela época surgiram, então, na superfície dos “metacárpios”, outras células
,que se diferenciaram, para que, pudessem receber os “estímulos” oriundos do meio
Ambiente, bem como, de transmiti-los, posteriormente, em direcção às células
Musculares, agora, em situação anatómica mais profunda.
Estas “células primitivas”, sensíveis à irritabilidade, excitabilidade e
Condutibilidade, foram, em realidade, os “primeiros neurónios”, extremamente
Primitivos, na Evolução Filogenética, tendo surgido, já, nos “celenterados”. Assim, por
exemplo, nos tentáculos da “anémona do mar”, existem células nervosas unipolares (
ou seja, saxónios ), que entram em contacto com as células musculares profundas.
Entretanto, tais células, em sua superfície, desenvolvem uma estrutura anatómica
Primitiva microscópica especial, chamada, àquela época: “Receptor”.
O “receptor”, transforma diversos tipos de estímulos (físicos, químicos,
 em impulsos nervosos que, nestas condições, podem ser transmitidos ao
Componente funcional “Efectuados”. Este “efectuados,” pode ser, tanto um “músculo,
como uma glândula.” Durante a evolução filogenética das espécies, surgiram
“Inúmeros receptores”, extremamente complexos e envolvidos com os mais variados
tipos de estímulos, sendo em algumas espécies de celenterados, formados por uma rede
Complexa de fibras nervosas, que facilitam a difusão dos impulsos nervosos, em
Múltiplas direcções.
Este tipo de sistema nervoso, extremamente primitivo, foi substituído, com o
avanço da evolução filogenética, nos “platelmintos” e nos “anelídeos”, por um sistema
nervoso mais avançado, mais agrupado e mais centralizado. Assim, nos “anelídeos” (
como acontece, por exemplo, nas minhocas ), o sistema nervoso já é “segmentado”, no
qual, temos “um par de “gânglios cerebróides”, unidos por uma “corda ventral” de
transmissão neural, envolvendo os segmentos do anelídeo ( a minhoca, no caso ).
Vê-se que, nestes anelídeos, o dispositivo das estruturas nervosas, é mais
complexo do que nos “celenterados”. Assim, os “neurônios primitivos”, localizados na
superfície do animal, especializaram-se em “receber estímulos periféricos” e
conduzi-los aos centros ( ou seja, “neurônios aferenciais”.
Entretanto, outros neurônios primitivos, localizados nos “gânglios”, se
especializaram, na condução de impulsos, do centro ao efetuador. ( músculo ), sendo
também, conhecidos pela denominação anatômica de “neurônios eferenciais”. No
estado atual da evolução e do desenolvimento, os “receptores neurais” encontram-se
distribuídos nos órgãos e tecidos, oriundos das “três camadas ou lâminas
embrionárias”, ou seja: “Ectoderma, Mesoderma e Endoderma”, nas quais são
conhecidos pelas denominações respectivas de: “Neurorreceptores: exteroceptivos”,
proprioceptivos e visceroceptivos.
Este assunto, envolvendo os “neurorreceptores,” encontra-se bem dimensionado,
no volume III, quando tratamos da “Medula Segnentar e Medula Intersegmentar
A MEDULA ESPINHAL E SEUS
PLEXOS.
Os ramos ventrais, de cada lado, dos nervos da medula espinhal, com exceção
dos nervos torácicos ( mais individualizados e metamerizados ), anastomosam-se e
intercruzam-se, entre si, constituindo, ao final destas complexas estruturações com
intercruzamentos re-direcionamento e reposições dos seus componentes funcionais, os
conhecidos “plexos nervosos da medula espinhal”: plexo cervical, plexo braquial,
plexo lombossacral e plexo pudendo.
Destes plexos, surgem os “nervos terminais e colaterais periféricos, que se
distribuem nos tegumentos, nos diversos e inúmeros grupos musculares, nos ossos,
articulações, vasos e vísceras, relacionados, anatomicamente, às regiões ventro-laterais
do pescoço, do tronco e dos membros superiores e inferiores.
Tais plexos, dependendo do relacionamento anatômico, de suas raízes ventrais
com as regiões da medula espinhal, são conhecidos, como já foi mencionado em
epígrafe, por:
4.1 - Plexo cervical
4.2 - Plexo braquial 4 .3.1 – Plexo Lombar
4.3 - Plexo lombossacral.......................
4.4 - Plexo coccígeo( ou coccígico ) 4.3.2 – Plexo Sacral
Vejamos, portanto, o estudo de cada um destes plexos, na ordem, na qual foram
mencionados, objetivando conhecer, na prática, principalmente, o “Sistema Nervoso
Periférico” envolvido, com os referidos plexos me

PLEXO CERVICAL
O “plexo cervical” é constituído pelos componentes funcionais dos ramos
ventrais dos nervos oriundos de: C1, C2, C3 e C4.
A participação do ramo ventral de C5, neste plexo, se resume ao recebimento de
pequeno contingente de fibras ventrais motoras, que se associam às fibras ventrais
motoras do nervo frênico, oriundas de C4 ( o maior contingente de fibras do nervo
frênico ) e às fibras oriundas de C3. Portanto, a participação das fibras ventrais de C5,
neste plexo cervical, é extremamente insignificante, não participando de nenhuma das
“alças” deste plexo ( alça do Atlas, alça do Axis e nem da terceira alça ). A maioria
esmagadora das fibras do ramo ventral de C5, entra na constituição do “plexo
braquial”
Estes ramos ventrais do plexo cervical, por receberem, também, componentes
funcionais eferentes viscerais gerais ( F. E. V. G. ), constituídos por fibras de neurônios
pós-ganglionares autonômicos periféricos simpáticos, através dos conhecidos “ramos
comunicantes cinzentos”, são de natureza mista.

Além destas fibras, esses ramos ventrais destes nervos, apresentam fibras  aferentes medulópetas, que se cruzam e que se associam, entre si, trocando de posições, em variáveis perrcentuais de componentes funcionais, constituindo, assim, o “Plexo cervical”, como é atualmente conhecido
Deste plexo cervical, originam-se os necessários ramos colaterais e ramos terminais, envolvendo seus respectivos componentes funcionais .

Este “plexo cervical”, estruturado, bilateralmente, na região cervical ventrolateral do pescoço, é de absoluta importância funcional, para a região cervical ( cutânea e muscular ) e, em especial, para o músculo diafragma, por ser este músculo, inervado pelo nervo frênico, ramo deste plexo cervical

O estudo e conhecimento dos ramos colaterais e terminais deste plexo, em seus respectivos trajetos e destinos, torna-se mais fácil, quando realizado em “dissecações segmentares ventro-laterais e posteriores do pescoço, por apresentarem, estas dissecações, extensos limites anatômicos, o que permite o perfeito estudo de suas origens, trajetos, relações anatômicas e distribuições funcionais periféricas

Na estrutura do plexo cervical, podemos encontrar, durante seu estudo anatômico: ramos sensoriais e ramos motores. Seus principais ramos sensoriais são os seguintes
• Nervo occipital menor
• Nervo occipital maior
• Nervo auricular magno ( ou grande auricular ):
• Nervo transverso do pescoço ( ramos: superior e inferior ),
• Nervos supraescapulares
• Nervo cervical transverso

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