CAPITULO I
1. Introdução
Análise
do processo da gestão da comunicação, tem como objectivo de nos facultar uma
comunicação compressível e saudável, pessoal assim como na sociedade. E importante
a comunicação dentro ou fora de casa, organização, bem como na administração
gestão da comunicação pública, tanto em casa, como no trabalho ou na vida
social, é cada vez mais determinante comunicar. Hoje em dia, a arte de
comunicar assume-se como uma vantagem competitiva, num mundo altamente
concorrencial. Para muitos, a comunicação não passa de uma áspera gritaria
inexpressiva. Tanto as pessoas, como os órgãos de comunicação social, despejam
quilos e quilos de palavras, em vão, visto que muitas vezes as mensagens não
chegam.
Que
apresenta-se como um tema de extrema amplitude e pretensão em:
Um
primeiro momento. Essas tendências em torno da inovação nos serviços ocupam um
lugar no coração da competitividade das empresas, com uma constante adaptação
em um ambiente turbulento, que requerem fluxo contínuo de novas ofertas.
Para que exista efectivamente comunicação, é fulcral que
exista uma correspondência entre o que é emitido e o que é recebido. O emissor
deve codificar as suas mensagens de tal modo, que estas, sendo perfeitamente
transmitidas, serão descodificadas pelo destinatário, o receptor, de modo a
atribuir-lhes o mesmo significado”. Caso isso, não aconteça, pode originar
deficiências na codificação, deficiências ao nível do canal, entre outros
obstáculos comunicacionais.
Estrutura do projecto é a introdução, justificativa,
objectivos: geral e específico, o primeiro capítulo: revisão de literatura:
comunicação, segundo capitula: metodologia, tipos de pesquisa, o
desenvolvimento, e por fim o terceiro capítulo: referências bibliográficas.
1.2.Problema
Porquê
que mesmo que exista uma vontade de comunicar, isso não é suficiente? Porque
para que exista uma comunicação e, será necessário fazê-lo através dos canais e
meios de comunicação mais adequados e de forma correcta na administração.
1.3. Justificativa
O motivo que mi levou-a escolher este tema, é de quer entender ate que
ponto o processo da gestão da comunicação feita na administração, procurando
perceber na verdade como e que é importante a comunicação, individual, na administração
e na sociedade actual. E na sociedade com a comunicação obtemos o conhecimento
de várias maneiras com a comunicação verbal, gestual, em busca de uma gestão
plausível e compressível.
1.4.Objectivos
1.4.1.Objectivo
Geral
Ø Analisar a gestão do processo da comunicação na agência nacional do desenvolvimento.
1.4.2.Objectivos
Específicos
Ø Identificar os fluxos formais e informais compõem o contexto da comunicação.
Ø Indicar as formas da gestão do processo da comunicação.
Ø Explicar a importância da gestão da comunicação.
1.5. Hipóteses
Os Canais
de Comunicação Internos e Externos utilizados influenciam o desempenho de Comunicação.
As Barreiras à Comunicação influenciam o desempenho dos Gabinetes de Comunicação.
A frequência na elaboração de material promocional influencia o desempenho dos
Gabinetes de Comunicação. Os Meios de Comunicação influenciam o
desempenho dos Gabinetes de Comunicação.Com a formulação das hipóteses
apresentadas, pretende-se determinar a perspectiva funcionalista dos
Comunicação dos Institutos, perceber a importância da Gestão da Comunicação,
perceber como se organizam os processos de comunicação e compreender as
características e os recursos que emergem aos Gabinetes de Comunicação.
CAPITULO II
1.Revisão de
literatura
Desenvolvimento de Novos Serviços
(DNS) pode ser definido, na literatura, como “um conjunto de actividades,
acções e tarefas que movem um projecto desde a fase da geração da ideia de um
novo serviço até seu lançamento.
A
partir desta constatação, recortar o tema para um conhecimento direccionada à
forma como a gestão da comunicação ocorre nas agências reguladoras pareceu
última rica fonte de estudo. Em acréscimo, a pesquisa empírica possibilitou
verificar como comportam-se em ambiente de intensa produção de conhecimento,
onde há conflitos de interesses constantes, norteados por políticas públicas e
de governo e, ao mesmo tempo, é formado de uma sociedade civil cada vez mais
crítica e participativa.
2.Comunicação
Segundo
Oliveira (1984) A comunicação é um processo de transferência de informações,
ideias, sentimentos ou conhecimentos entre duas ou mais pessoas. Em todos os
lugares, influi directamente no desempenho das pessoas. Ao estudá-la, é
possível verificar quais são os objectivos individuais, colectivos, com os
envolvidos actuam e como estão estruturados os relacionamentos internos e
externos.
O
foco do trabalho está em uma comunicação que enfatiza todos os níveis da
Organização;
os fluxos de sentidos são reconhecidos pelos gestores; onde todas as acções
estão integradas e baseadas nas mesmas directrizes; que cria arenas de
interlocuções entre os atores; que é facilitadora de todos os processos fazendo
com que ocorram com eficiência; e que assume uma dimensão estratégica e de
gestão de conhecimento.
CAPITULO III
Metodologia
A
metodologia utilizada neste estudo, subdivide-se em duas partes: o
enquadramento teórico da temática abordada, com base na literatura científica e
o estudo empírico, a investigação exige uma fundamentação teórica, com base em
obras literárias, artigos nas áreas da Gestão e da Comunicação, para que desta
forma o estudo esteja devidamente fundamentado e referenciado. A gestão da rede
colaborativa, no contexto do processo de DNS, é uma área de pesquisa nova e,
por isso, pouco explorada. O presente estudo adoptou a pesquisa Qualitativa uma
vez que é considerada a mais adequada para fornecer em profundidade o
entendimento desse novo fenómeno. A primeira fase da pesquisa envolveu um
estudo exploratório nos projectos a abordagem deste estudo enfatiza a
comunicação como uma ferramenta estratégica de produção, distribuição e consumo
de informação, como também de gestão do conhecimento voltada para o alcance dos
objectivos organizacionais e ampliação de sua visibilidade na sociedade.
Tipo de pesquisa
Para
alcançar o objectivo proposto foi utilizada a classificação apresentada por
(Vergara.
1996),
Que qualifica uma pesquisa em relação aos seus fins e meios. Quanto aos fins, a
Pesquisa
foi descritiva, explicativa e aplicada. Já quanto aos meios, utilizou-se dos
recursos
Documental, bibliográfico, estudo
de caso. Foi realizada uma pesquisa descritiva com a exposição de conceitos
sobre a gestão da comunicação, regulação de mercados e, especificamente, sobre
a regulação em saúde suplementar que serviu de base para a explicação das
características da gestão da comunicação na agência. Sua característica
explicativa esclareceu quais factores influenciaram na gestão da comunicação
voltada para regulação em saúde suplementar e destinada a uma sociedade
construída na informação. Foi também considerada aplicada, já que o estudo se
propôs à finalidade de resolver um problema concreto, com o compromisso de
propor soluções baseadas em situações reais e actuais e que poderão ser
desenvolvidas conforme o interesse da instituição em análise. Quanto à pesquisa
documental, fez-se uma investigação nos documentos existentes em outros órgãos
do governo como leis, resoluções normativas, anais, regulamentos, ofícios,
memorandos, comunicações informais, filmes, entre outros que estornaram
disponíveis no decorrer do trabalho. A pesquisa bibliográfica fundamentou-se,
no aspecto teórico-metodológico, em uma investigação sistemática em livros,
revistas, jornais e redes electrónicas, utilizando tanto materiais de fonte
primária como secundária e materiais.
2.1. A gestão da Comunicação na Sociedade da Informação
As mudanças que ocorreram na gestão
da comunicação causadas pelos avanços tecnológicos, que ampliaram a capacidade
de troca desinformação e alteraram a sociedade no sentido de passar a exigir
das organizações um posicionamento comunicacional voltado às novas exigências
sociais. O indivíduo tornou-lhes crítico, participativo e possuidor de uma
quantidade muito grande de informação a seu dispor e sem tempo para
processá-la. Os consumidores, por sua vez, estão mais conscientes de seus
direitos e activos no processo de consumo. O fortalecimento da sociedade,
oriundo dessas transformações de mercados, nos quais mecanismos de oferta e
demanda não são suficientes para equilibrá-los.
A
forma estratégica que a gestão da comunicação assumiu para atender à sociedade
da informação; o surgimento do conceito de comunicação pública como reflexo da
mudança de percepção da sociedade; a função da comunicação de governo; a
importância da comunicação e de suas ferramentas na gestão do conhecimento; a
construção da sociedade da informação e o seu fortalecimento; abordar a
regulação dos mercados como consequência deste fortalecimento.
2.2.Comunicação como Ferramenta Estratégica
Segundo
(BUENO, 2004) A gestão da comunicação nas empresas, que mudou nos últimos anos
como consequência do aumento da competitividade dos mercados, passou a ser
reconhecida como estratégica em uma sociedade produtora e receptora de uma
imensa quantidade de informações, constantes e em tempo real. Há um consenso
entre os especialistas de que o mundo contemporâneo, e em especial os das
organizações, tem sido abalado pelo processo crescente de globalização dos mercados
das ideias, pela revolução causada pelas novas tecnologias, pela desgasificação
do processo de produção e pela valorização do espírito de cidadania. Para
(BUENO, 2004) Ao mesmo tempo, o desenvolvimento tecnológico intensificou os
fluxos desinformações e a valorização do conhecimento. A conjuntura
contemporânea, marcada pela globalização, pelas novas tecnologias de
comunicação e informação, bem como pela valorização estratégica da articulação
de variáveis culturais, exige que os estudos de comunicação organizacional
assumam uma maior complexidade, tendo em vista a necessidade de se trabalhar
com os diferentes vectores de produção e consumo presentes no mundo actual: o
aceiramento da concorrência, a segmentação de mercados, de públicos e da média,
a introdução de novas tecnologias que permitem oferecimento em tempo real, a
participação vital do consumidor na produção e a necessária articulação com o
ambiente cultural – tanto aquele que se refere à dimensão local, quanto o que
cultural – tanto aquele que se refere à dimensão local, quanto o que se refere
às dimensões regionais, nacionais ou mesmo. (PEREIRA e HERSCHMANN, 2005) Mesmo
diante deste cenário social que requer uma gestão da informação mais integrada
com os objectivos institucionais, muitas organizações ainda praticam
comunicação de forma fragmentada, em departamentos estanques, como assessorias
de imprensas, área de promoções, marketing, cerimonial e informática.
A
comunicação se torna um elemento importante de inteligência empresarial usufruindo
das novas tecnologias, dos bancos de dados inteligentes, das novas médias e maximizando
a relação entre os atores do sector. Neste contexto, a comunicação depende de uma
política comum para toda a empresa e seu panejamento deve ser centralizado. É necessário
que a comunicação “seja definido com base em uma política comum, com valores,
princípios e directrizes que se mantenham íntegros e consensuais para as
diversas formas de relacionamento com os seus públicos de interesse.”
Para (BUENO, 2003, p. 9) Um aumento
acelerado da circulação de informações e a certeza de que a imagem da
organização é construída pelas diferentes leituras feitas pelos públicos que se
relacionam camela tornam o processo de comunicação cada vez mais complexo. Esta
transformação que ocorre na forma de gerir a comunicação é retratada como a
passagem das definições tácitas para as acções estratégicas.
A
comunicação como inteligência empresarial não pode fazer concessão ao improviso.
Apoia-se em metodologias, em pesquisas, em desenvolvimento de teorias e
conceitos a serem aplicados a novas situações; apoia-se, sobretudo, na necessidade
imperiosa de dotar a comunicação de um novo perfil: a passagem real do tácito
para o estratégico. (BUENO, 2003, p.
15).
A
comunicação integrada é um processo único onde todas as áreas que se relacionam
com o público trabalham suas acções de forma coordenadas. É a administração da comunicação
e da imagem por uma gerência internacional que desenvolve o panejamento estratégico
da imagem, gerência a comunicação simbólica, a comunicação programada, as
questões institucionais e os sistemas de objectivos. O bom funcionamento do
sistema de comunicação integrada depende da participação de seus componentes
nas decisões estratégicas e do envolvimento do alto escalão nos seus processos
comunicacionais.
O
sistema de comunicação integrada de Neves (2000) é representado pelos seguintes
Elementos:
Planeamento estratégico
da imagem – centralização das informações e das pesquisas para
identificar as questões que precisam ser administradas; Gerência de comunicação
simbólica – harmonia dos elementos de identidade com o objectivo de proteger os
atributos de imagem da empresa entre eles o discurso Institucional e os
programas;
Gerência de comunicação
programada – desenvolve os planos de acção e programas para os
diversos públicos com o objectivo de coordenar a integração dos movimentos Tácticos,
integrar a comunicação e o marketing e unificar o discurso;
Manejamentos (gerência
de questões) – correspondem as intervenções do poder
Público, polémicas, celeumas, campanhas, acções e reacções da opinião pública.
Dividem-se
em questões relacionadas com a imagem e as relacionadas com as Questões
públicas e;
Gerência
do sistema de objectivos – define os objectivos que precisam ser perseguidos,
Analisa
feedback e mede os avanços.
2.3. Comunicação Organizacional
Segundo
(BUENO, 2003; GAUDÊNCIO, 2002). A comunicação organizacional o conceito
abrangente, data dos anos oitenta em diante. Até este momento, as actividades
eram percebidas e desenvolvidas deforma isolada, por departamentos e
profissionais sem qualquer tipo de vinculação. É possível identificar cinco
marcos na evolução do conceito. Até a década de setenta, as actividades eram
fragmentadas e residuais. A partir desse momento, iniciou-se a implantação de
uma cultura de comunicação, fruto do surgimento dos primeiros profissionais da
área oriundos dos cursos de comunicação. No final da década desatenta, há a
ênfase nos valores do associativismo e da solidariedade. Os anos oitenta
representam a época em que a comunicação ganha status nas organizações e passa
a ser uma área de trabalho profissionalizada, principalmente com a vigência do
regime democrático, que exigiu uma postura das organizações mais estratégica e
posicionada. Na década de 90 conceito se refinou e passou a ser visto como
estratégico para as organizações, constituindo-se-me processo integrado que
orienta o relacionamento com os públicos. A partir deste marco, a comunicação
organizacional passa a ser um intérprete dos efeitos da globalização e da
sociedade mais organizada. (BUENO, 2003; GAUDÊNCIO, 2002). Entre suas funções,
a comunicação organizacional contribui para a definição e concretização de
metas e objectivos e possibilita a integração e o equilíbrio interno (PIMENTA,
2002). Gera consentimento, produz aceitação por meio da comunicação Expressiva-emocional,
ajusta a comunicação informativa e geradora de conhecimento e é fruto das
atitudes, valores e normas. (GAUDÊNCIO, 1986) Pimenta (2002) apresenta a
comunicação como um sistema que permite à organização
Interagir
com o ambiente sociopolítico, o econômico-industrial e o interno. Seu carácter multidisciplinar
se deve à necessidade de acompanhar as transformações tecnológicas e culturais,
associadas ao aumento da complexidade dos produtos. Já Gaudêncio (1986) propõe
a sonorização como condição fundamental.
Definição
dos limites dos comportamentos e actos comunicativos, a fim de se garantir a
eficácia na implantação do sistema de comunicação. A classificação dos actos
comunicativos tem a finalidade de dar cobertura a todos os aspectos que
integram a fenomenologia da
Comunicação
e rescaldar as situações geradas pela teoria do consentimento, aplicada às
organizações.” (GAUDÊNCIO, 1986, p. 85).
Em sua proposta, a comunicação organizacional.
É
composta pelas áreas de comunicação cultural, colectiva e pelo sistema de
informação:
Comunicação
cultural – relaciona-se com a cultura organizacional e os comportamentos comunicativos
e, mais directamente, com os ruídos, canais, níveis, fluxos e redes
comunicativas. Sua área de actuação abrange os estudos das comunicações formais
e informais; os fluxos, os níveis e os laços de comunicação; Análise de
pesquisas sobre o clima organizacional para o seccionamento de estratégias;
análise dos ruídos da comunicação formal; estudo das habilidades comunicativas das
fontes, receptores e canais; e análise e pesquisa do universo vocabular do meio
interno.
Comunicação colectiva – relaciona-se com os
públicos internos e externos, e mais directamente, com a identidade visual,
jornalismo, relações públicas empresariais e governamentais, marketing
cultural, publicidade comercial/industrial e institucional e editorarão. Sua
área de actuação abrange projectar um conceito adequado às organizações, gerir
as formas de comunicação, desenvolver o trabalho em equipe, desenvolver os
valores básicos, projectar a ideologia da organização, racionalizar formas de
comunicação, traduzir as mensagens e acompanhar e influenciar o meio ambiente.
Sistema
de informação – relaciona-se com a selecção, tratamento, armazenamento, disseminação
e prospecção em todo o sistema organizacional. Nesta perspectiva, o sistema de
informação para a comunicação organizacional está restrito às necessidades de
informação que subsidiam o corpo gerências.
2.4.Comunicação Pública
A
comunicação pública origina-se do processo de democratização da sociedade e na forma
actuante da sociedade civil nos espaços públicos. Sua análise não se limita à comunicação
de governo, mas à valorização de um espaço comunicacional, em que a cada
distorce-se mais importante representar todos os sectores da sociedade.
Brandão
(MATOS, 2005) distingue comunicação governamental, política e pública com a
seguinte abordagem:
A
comunicação governamental é a praticada por um determinado governo, visando à prestação
de contas, o estímulo para o engajamento da população nas políticas adoptadas e
o reconhecimento das acções promovidas nos campos político, económico e social.
A
comunicação pública, ao contrário, se faz no espaço público, sobre tema de
Interesse público.
É
a informação cívica e que inclui para (MATOS, 2005, p. 11)
O
conceito de comunicação pública ainda é pouco difundido, mas pode ser entendido
como a comunicação praticada nos espaços públicos democratizados, junto aos
diferente Sectores da sociedade, tanto por governos quanto pelo terceiro sector
e a sociedade em geral, e Que visa o interesse púbico. O fluxo nas relações entre estado e a sociedade envolve o cidadão
das formas mais variadas, onde Estado, governo e Sociedades desenvolvem o
processo de comunicação debatendo, negociando e tomando decisões relativas à
vida pública. O papel da comunicação pública é servir de interlocutora entre
estes diferentes entes sociais.
O
interesse público é o seu principal foco e, para isso, torna-se imprescindível “Identificar
as competências de cada sector, valorizando-se o que cada um tem de melhor, de forma
a somar esforços. A comunicação pública tem o desafio de promover a educação
com fim social, aproximar os diferentes sectores, e desenvolver instrumentos de
prestação de contas, informação e conscientização junto à sociedade”. (OLIVEIRA,
2004, p. 19)
A
comunicação pública é um reflexo do crescimento da força da sociedade civil,
que ressurgiu durante o processo de democratização com a emergência de
movimentos sindicais, dos movimentos de base ligados à igreja católica e do
associativismo profissional.
A
principal função da sociedade civil refere-se ao exercício do seu papel de
influenciadora nos processos de mudanças sociais “para atender às demandas das
necessidades emergentes locais, nacionais, regionais e globais. É a luta pela
conquista dos direitos à cidadania, da justiça e dos valores sociais.” (KUNSCH,
2004). A efectivação da influência
nos processos de mudanças sociais ocorre com a sua participação nas definições
das políticas Públicas.
Para
Oliveira (2005a), a implementação das políticas públicas ocorre em espaços sociais
que são identificados, segundo Scherer-Warren (OLIVEIRA, 2005) como:
Canais
institucionais - espaços constituídos nas parcerias entre a esfera estatal e a
civil, com atribuições de panejamento e fiscalização; campanhas emergências -
realizadas atravessadas parcerias entre sociedade civil, Estado e mercado;
acções sociais voluntárias locais – destinadas a combater carências,
discriminações ou realizar programas educativos entre as
Populações
específicas e; fóruns – que contribuem com reflexões e propostas para a formulação
de políticas sociais e públicas. Pereira e Grau nos lembram que espaço público
deve ser entendido como o que é de todos e para todos por sua vez, dentro do
público, pode-se distinguir entre estatal e público não-estatal. Tal
esclarecimento se faz necessário, para que a sociedade entenda que a actuação
no espaço público não é de exclusividade do Governo. O espaço público é
responsabilidade de todos e requer o engajamento e a participação ampla da
sociedade, a fim de que tal espaço se transforme, de fato, num espaço de
cidadania. (OLIVEIRA, 2004, p. 188).
A prática da cidadania está vinculada ao
desenvolvimento das relações entre os diversos sectores “pautado na confiança,
na credibilidade, na transparência, na ética, na responsabilidade social e no
diálogo constante e pode ser construída através da comunicação pública.
Em
acréscimo, a comunicação pública também está presente nas acções comunicativas do
governo já que consta em seus objectivos elucidar o público sobre seu papel,
afirmar sua identidade e imagem, prestar contas de suas actividades e permitir
o acompanhamento da política dos órgãos governamentais. A comunicação pública
representa o discurso do cenário político e estatal e em seu conteúdo baseia-se
a elaboração dos planos e as tomadas de decisões do governo. (ZEMOR MATOS,
2004).
2.5.Comunicação de Governo
Segundo
(CAMARGO, 2004, p. 150). A comunicação de governo passa obrigatoriamente pela
forma como as instituições públicas se organizam, uma vez que ela obedece ou se
ajusta aos parâmetros da administração às dificuldades que o Estado tem de
planejar e executar consistentemente suas políticas.
Para
Gaudêncio, uma forma das instituições planejarem sua comunicação na
Administração
pública é privilegiando os fatos e não as pessoas. Ou seja, “espelhar seus
Programas em um leque de funções” comunicação objectiva: ser uma forma de
integração e ajustamento interno; ser uma forma de expressão da identidade para
incrementar a imagem e a credibilidade; ser a base do lançamento de valores para
expressar suas culturas; auxiliar o exercício da cidadania subsidiando o
direito à informação; orientar o discurso dos dirigentes; mapear os interesses
sociais através de pesquisas de prospecção ambiental; orientar os cidadãos com
função educativa, de transmissão de valores, ideias e cargas informativas que
sedimentarão o conhecimento do público; democratizar o poder no aspecto
político de compartilhando mensagens; auxiliar a integração social através do
elo informativo que iguala as condições de participação dos interlocutores no
processo comunicacional e; estar a serviço da verdade no desenvolvimento de sua
função ética e de ideário dos valores básicos dos cidadãos.
História estará sempre pronto para condenar o
comunicador que coloca como objectivo único à formação da imagem da instituição
que trabalha, em detrimento da informação como direito constitucional. O
comunicador encontra grandeza de seu papel quando consegue identificar o ponto
de equilíbrio entre o direito da sociedade à informação e a formação da imagem
da instituição. Que ele não seja Ingénuo, mas também que não perca os
escrúpulos. Se não puder consertar o mundo, que pelo menos não perca o senso e
não se transforme em mais um censor
Empenhado
em decidir o que a sociedade deve e não deve saber por mera conveniência política.
(CAMARGO, 2004, p. 150).
Todas
as políticas de comunicação dos órgãos da administração federal estão submetidas
a aprovações da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica do Governo
portarias e instruções normativas.
2.6.Comunicação e suas Ferramentas na Gestão do Conhecimento
Como
demonstrado até aqui, o papel da comunicação nas organizações alterou-se nos últimos
anos, principalmente com a valorização da difusão de informações, da gestão do conhecimento
e com o reconhecimento de que ambas estão em consonância com as demandas da
sociedade da informação. Pouca é a literatura que junta as áreas de gestão da
comunicação e do conhecimento, embora a maioria dos autores reconheça que sua
produção e difusão não são possíveis sem a utilização dos elementos da
comunicação, directamente ligada à formação da imagem institucional.
Uma
pesquisa sobre o formato da gestão do conhecimento, desenvolvida por reconhece
que até hoje não existe uma unanimidade entre os teóricos e muito menos entre
as empresas. (FLORIANO, 2005)
compreende a gestão do conhecimento constituída por processos organizacionais
que possuem quatro pontos centrais: geração, compartilhando, preservação e
utilização do conhecimento.
Geração
de conhecimento - consequência da interacção da organização com o seu ambiente,
da absorção de informações e da sua transformação em conhecimento combinado com
as experiências, valores e regras internas. (DAVENPORT e PRUSAK FLORIANO, 2005) Compartilhando do conhecimento - é inerente
às pessoas que têm o desejo natural de aprender e de dividir o que sabem,
porém, na maioria das vezes, as dificuldades impostas pela estrutura, logística
e cultura organizacional os impedem. Essas barreiras podem ser vencidas pelo
desenvolvimento da motivação, facilitação e confiança. Ao compartilhar
conhecimento, a organização está transmitindo conhecimentos tácitos e
explícitos5 através dos fluxos formais e informais de comunicação. (GROTTO
FLORIANO, 2005).
Preservação
do conhecimento - está intimamente ligada à criação de uma memória organizacional
que represente um sistema de conhecimentos e habilidades, preserve e armazene
percepções e experiências, além do momento em que ocorrem, para que possam ser
recuperadas e utilizadas para gerar novos conhecimentos (PROBST, RAUB e
ROMHARDT FLORIANO, 2005). O conhecimento tácito é mais difícil de ser
codificado e, portanto, de ser armazenado.
Referencias
Bibliográficas
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Experiência
da comunidade da construção. In: Portal Terra Fórum. Disponível em:
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