ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO.. 3
1.1.Objectivos. 3
1.1.1.Geral 3
1.1.2.Específicos. 3
Arte Africana. 4
Arte moderna. 5
2.INFLUÊNCIA DA ARTE AFRICANA NA ARTE MODERNA.. 6
2.1.Movimentos da arte moderna influenciados pela arte africana. 7
2.1.1.Cubismo. 7
2.1.2.Fauvismo. 15
Conclusão. 20
Referência bibliográfica
1.INTRODUÇÃO
As artes da África que se vê nos livros e colecções são produtos
desenvolvidos ao longo dos séculos. Sejam esculpidos, fundidos, modelados,
pintados, trançados ou tecidos, os objectos da África mostram a diversidade de
técnicas artísticas que eram usadas nesse continente imenso, e nos dão a
dimensão da quantidade de estilos criados pelos povos africanos, onde que esta
mesma arte deu uma grande influencia na arte moderna.
O trabalho aborda acerca da influência
da arte africana na arte moderna, onde o grupo procurou pesquisar o tema, e
que durante a pesquisa conseguimos notar algumas influência que a arte africana
trouxe na moderna, que está plasmado no trabalho. A organização da mesma esta
concebida da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento e conclusão.
1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
Ø Conhecer
as influências da arte africana na arte moderna.
1.1.2.Específicos
Ø Identificar os movimentos da arte moderna que
foram influenciados pela arte africana;
Ø Analisar as obras concebidas na arte africana
e na arte moderna.
Arte Africana
A arte
africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da
África negros ao longo da história, e teve como característica de representar
os usos e costumes das tribos africanos e seu objecto de arte era funcional
ligado ao culto dos antepassados profundamente voltado ao espírito religioso,
elas chamam atenção pela sua forma estética e os simples objectos de uso de
arte e a escultura foi uma forma de arte muito usado pelos africanos. O
material mais usado era ouro, bronze, marfim, barro e madeira como
matéria-prima.
Fig1.escultura africana
Arte moderna
É um termo que se refere as expressões
artísticas surgidas no final do século XIX que se estenderam até a metade do
século XX, e tinha como característica romper com os padrões antigos buscando
constantemente novas formas de expressão, e para isso utilizavam recursos como
cores vivas, figuras deformadas, cubos e cenas sem lógicas.
Fig.2: Escultura do período moderno.
As produções
africanas, em território europeu revolucionaram a arte moderna ocidental que
buscava uma inserção de novos estilos que difundissem e destacassem o trabalho
artístico no início do século XX, período que artistas europeus desenvolveram
novos géneros inspirados nas formas e expressões. Além disso, serviu para
estilizar as reproduções a partir das características da arte negra
Os objectos que foram levados dos países da África para Europa, além de serem preservados pelos museus etnológicos, serviram também de influência para a renovação dos estilos artísticos. Cabe dizer que obras como máscaras, adereços, esculturas, objectos pessoais, tinham funções bem distintas do deleite e da contemplação. ALENCASTRO2000. pp.77-116.
Os
ocidentais há muito compreendem a arte Africana como "primitiva". O
termo carrega consigo conotações negativas do subdesenvolvimento e da pobreza.
Colonização e o tráfico de escravos na África durante o século XIX configuraram
uma compreensão ocidental que dependia da crença de que na arte Africana
faltava capacidade técnica, devido ao seu baixo nível sócio-econômico. No
início do século XX, artistas como Picasso, Matisse, Vincent van Gogh, Paul
Gauguin e Modigliani tornaram-se ciente, e inspirados por, arte Africana.
A arte
Africana demonstrou o poder de formas extremamente bem organizadas; produzindo
não só por responder à faculdade da visão, mas também, e principalmente, muitas
vezes, a faculdade da imaginação, emoção e experiência mística e religiosa.
Estes artistas viram na Arte Africana uma perfeição formal e sofisticação
unificada com poder expressivo fenomenal.
O estudo e
resposta a arte Africana, por artistas no início do século XX facilitou uma
explosão de interesse na abstracção, organização e reorganização das formas, e
a exploração de áreas emocionais e psicológicos até então invisíveis na arte
ocidental. Por estes meios, o estado da arte visual foi mudado. A Arte deixou
de ser apenas e principalmente estético, mas tornou-se também um meio válido
para o discurso filosófico e intelectual, e, portanto, mais verdadeira e
profundamente estético do que nunca.
2.1.Movimentos da arte moderna influenciados pela arte
africana
Hoje sabemos que a Arte Africana influenciou
no surgimento da Arte Moderna na Europa Ocidental. Os objectos da produção
estética africana sugerem formas imateriais e não cópias de elementos da
natureza nessas obras, forma e conteúdo estão intimamente ligados.
A motivação para criar formas por prazer, pelo
gozo de contemplá-las, desafiando o ser humano a dominar a matéria representou
uma actividade fundamental desde a pré-história. A Arte Rupestre, feita em
cavernas, é uma comprovação desse fato. E, no continente africano existem
vários locais onde se encontram a Arte Rupestre
Muitas
artes africanas contemporâneas emprestado pesadamente de antecessores
tradicionais. Ironicamente, essa ênfase na abstracção é visto pelos ocidentais
como uma imitação de artistas europeus e americanos cubistas, como Pablo
Picasso, Amedeo Modigliani e Henri Matisse, que, no início do século XX, foram
fortemente influenciados pela arte tradicional Africana.
2.1.1.Cubismo
2.1.1.1.Pintura
Pablo Picasso (1881-1973), um dos precursores
do Cubismo começou a desenvolver o estilo a partir de visitas a uma exposição
de Arte Africana, no Museu do Homem de Paris, em 1905.O trabalho exposto causou
uma forte impressão no artista, especialmente as máscaras, o que fez com que
ele procurasse retratá-las em suas pinturas.
As máscaras, carregadas de significados
sagrados, mas também pela simplificação das formas, tornaram-se referência para
alguns artistas do Modernismo, em especial para Picasso, que, influenciado por
elas, inaugurou uma nova fase da sua obra, o que alguns estudiosos denominam
como cubismo. O rosto das figuras exibe ao mesmo tempo o perfil e a frente como
nas máscaras africanas em que Picasso se inspirou e o olhar delas ganha poderes
hipnóticos. Com a disposição das figuras em planos influenciado por Paul
Cézanne, mostra mais de um ângulo de visão. Este período foi fundamental para a evolução do modernismo
ocidental em artes visuais, simbolizada pela descoberta de Picasso na pintura
"LesDemoiselles d'Avignonˮ.
A multiplicidade de formas das máscaras e das
esculturas africanas, contrapondo-se como uma enorme riqueza de possibilidades
ao monótono rosto tradicional que, até meados do século XIX, foram impostos
pelo naturalismo europeu, bem como a possibilidade de vincar as feições
faciais, fragmentando a face ou reconstruindo olhos e boca – tudo isto foi
reapropriado artisticamente pelo cubismo para os seus próprios propósitos – e,
depois, introduzido em uma pintura que logo passaria a investir na
bidimensionalidade ou também na possibilidade de mostrar uma imagem através de
uma multiplicidade simultânea de perspectivas.
Os antigos egípcios, tal como atestam as
pinturas que chegaram até o período moderno, bem conservadas pelas paredes das
Pirâmides, precederam os cubistas na ideia de representar uma figura a partir
de diversos ângulos e perspectivas simultâneos, decompondo a imagem de uma
forma muito peculiar.
Já é característica inconfundível da arte
egípcia esse padrão de representação da figura humana e de objectos diversos
que apreende figura a partir de diferenciadas vistas: Uma multiplicação do
espaço a partir de diversas perspectivas, agora expostas simultaneamente como
nunca fora tentado pela arte ocidental, mostra-se como uma conquista do cubismo
que, não obstante, já fora, de certo modo, percorrida há milênios pela arte dos
antigos egípcios.
Arte africana influenciou muitos movimentos
artísticos ao longo da história. Mesmo fundador do movimento cubista foi
fortemente influenciada por esta forma esteticamente diferente de expressão
cultural. Picasso se permitiu criar ainda outro movimento dentro do
movimento cubista em que a cultura Africana e arte podem ser muito apreciadas.
Fig.3:Picasso.
Arlequin, 1915. Óleo
sobre tela. 183 x 105,1 cm.
As características da arte africana tinham
feito o seu caminho em muitas pinturas do período cubista e entre outros.
Quando se examina o movimento artístico europeu do cubismo, fundada
principalmente por Pablo Picasso, pode-se encontrar muitos temas adaptados de
arte africana. O cubismo tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais
influente deste período.
Com suas formas geométricas representadas, na
maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões
estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da
natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde
o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objecto
pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.
Nesta obra, temos tanto referências às
máscaras, como às esculturas africanas. O rosto da mulher que se situa na
extremo-esquerda é um “rosto-máscarado”, e os rostos retalhados das duas
mulheres à esquerda são referências muito claras às esculturas africanas.
Alguns autores também assinalam que existem
referências às convenções faciais das esculturas ibéricas nas duas mulheres que
ocupam o centro da tela.
Fig.6:Picasso, LesDemoiselles
d’Avignon, 1907. Óleo sobre tela. 243,9
x 233,7 cm.
Modigliani, Concomitantemente à escolha de seu
padrão escultórico preferidoem meio ao repertório africano, esse singular
alongamento dos rostosvai interferindo também na sua pintura. Dessa forma, sob
as camadasmais visíveis da pintura de Modigliani – a um só tempo
elegante,recatada e misteriosa – pulsa, na verdade, uma matriz escultural
africanaque entra em perfeita sintonia com seu espírito inovador.
Fig.7:Modigliani,
Mulher com Gravata,
1917.
2.1.1.2.Escultura
Brancusi (1856-1957), um dos principais escultores
de tendência cubista, pôde apropriar-se das talhas em madeira África (mas
também da Oceânia), para idealizar e concretizar um tipo de escultura inédito
na civilização europeia, em que o monólito é reduzido a uma simplicidade
arquetípica que não mais se restringe à massa sólida e às tradicionais formas
humanas e animais. Da mesma forma, as cabeças africanas, oriundas da arte Ife,
permitiram que ele pudesse radicalizar uma experiência de simplificação da
forma ovóide, sugerindo-a representação de rostos reclinados mas acrescentadas
de um diálogo com efeitos de reflexo da luz sobre o bronze. Essa série
culminacom a famosa peça escultórica denominada O Começo do Mundo (1924),passando
por outras, como A Musa Adormecida.
Fig.8: Escultura
africana da Nigéria
Modigliani, que foi imediatamente atraído
pelas esculturas e estatuetas de rostos alongados e ele mesmo produziu, a
partir de 1908, esculturas próximas de alguns estilos africanos.Basta citar uma
conhecida Cabeça de 1913, hoje na Galeria Tateem Londres em que, a
partir de incisões bem rasas em blocos decalcário, vemos ser delineada a
fisionomia de uma cabeça, mostrando uma arte na qual Modigliani lança mão do
desenho para gravar na pedra uma linguagem essencialmente primitivista.
Fig.10:Modigliani1913. Pedra. 62,8 x 17,7 x 35,4 cm.
Pablo Picasso mesmo criou algumas esculturas
no estilo africano por sua própria conta no mesmo ano dasDemoiselles.
Fig.11:Madeira.
35,2 x 12,2 x 10,5 cm. Museu Picasso,Paris
As máscaras negras ritualísticas
influenciaram directamente a pintura cubista, através de Picasso, o que
autoriza, a arte negra, conjuntamente com a abstracção proveniente de Cézanne,
constituiu-se em um dos dois pilares desse movimento que revolucionou a arte
moderna.
2.1.2.Fauvismo
2.1.2.1.Pintura
Uma das primeiras correntes da arte moderna a
se interessar directamente pela possibilidade de aprender com as manifestações
artísticas africanas foi a dos fauvistas, sobretudo a partir de Henri Matisse.
Da mesma forma, ele também assimilaria muito
expressivamente essa outra alteridade que adentra o espaço da modernidade com
especial vigor: a africana.
Sob influência da pintura de Paul Gauguin, o
fauvismo surge em Paris em 1905, com
Henri Matisse, Maurice Vlaminck, RaoulDufy e André Derain. Com cores vivas,
muitas vezes saídas directamente dos tubos de tinta, e composições frenéticas,
a pintura fauvista exalta o instinto em lugar da razão.
Henri Matisse (1869-1954), pintor e escultor
francês começa a pintar só por volta de 1890. Seus primeiros trabalhos retratam
interiores e naturezas-mortas; depois é influenciado pelos pós-impressionistas
e adopta o fauvismo.
Também a cerâmica negra atraiu os fauves.
Algumas peças que Matisse recolhera em uma viagem à Argélia passaram a servir
de modelos para algumas de suas naturezas-mortas. São peças que se destacam
pela simplicidade decorativa, e a sua inclusão, como motivos para serem
pintados entre outros objectos, possui a finalidade de introduzir o decorativo
dentro do decorativo.
Um exemplo pode ser encontrado na Natureza
Morta com Cebolas Rosadas (1906), que dispõe em uma mesa três cerâmicas
argelinas e algumas cebolas. Neste caso, os próprios elementos decorativos
inseridos dentro das figuras de cerâmicas passam a actuar “decorativamente” com
os demais componentes do quadro: as cebolas, o tampo da mesa e os próprios
jarros africanos – tudo isto apresentado de maneira deliberadamente
primitivista, no sentido artístico que primitivo assumiria param os artistas
modernos.
O movimento fauvista na sua curta duração que vai de 1904 a 1907 –
pode ser considerado, enfim, o grande precursor da assimilação das formas e dos
recursos expressivos africanos pela arte moderna. Depois disto, cada um dos
seus integrantes parece seguir um rumo bem diferenciado, e já não será possível
falar propriamente em um movimento fauvista. Mas a verdadeira assimilação da
alteridade africana – como uma espécie de moda que se estende irresistivelmente
por toda a Europa – estava apenas nos seus primórdios.
Fig.12:Matisse, Natureza Morta com Cebolas
Rosadas, 1906
2.1.2.2.Escultura
A escultura matissiana é especialmente inspirada na
estatuária africana particularmente a partir de algumas peças que o artista
francês adquirira em 1906 e revela-se aí um dos gêneros através dos quais as
diversas formas de expressão africanas puderam penetrar mais decisivamente na
arte moderna. O outro gênero, que mais adiante veremos ter incidido directamente
sobre a pintura cubista de Picasso, foi a arte das máscaras ritualísticas.
Essas máscaras não apresentavam rostos
humanos de acordo com a harmonia da estética grega, mas sim transgressões dessa
harmonia, utilizando o alongamento do rosto, a fusão de sobrancelha e nariz, o
aumento de olhos e boca. As múltiplas possibilidades dos traços humanos
representados nas máscaras africanas reflectiam então a forma humana, de
inúmeras perspectivas.
Enquanto na sociedade ocidental a arte
africana era utilizada como inspiração e um novo meio de expressão dos artistas,
na sociedade africana, as máscaras e esculturas eram utilizadas em ocasiões
cerimoniais. A arte africana em seu contexto original era mais atrelada à
religião do que à arte em si, também servindo como meio de expressão da
identidade de um povo específico.
Fig.13:Escultura,africana
Fig.14:Escultura
moderna (Matisse)
Fig.15: Escultura na arte África
Fig.16: Mascara moderna (Matisse)
Ao decorrer
do trabalho conseguimos concluir que a arte moderna é um termo que se refere as
expressões artísticas surgidas no final do século XIX que correspondia a alguns
movimento, temos a referir que de todos os movimentos constatados na arte
moderna, nem todos foram influenciados com a arte africana, simplesmente foram
dois movimentos a saber, o cubismo e fauvismo.
O movimento
cubismo com o seu mentor, Pablo Picasso foi um um dos precursores do movimento
cubismo começou a desenvolver o estilo a partir de visitas a uma exposição de
Arte Africana, no Museu do Homem de Paris, em 1905.O trabalho exposto causou
uma forte impressão no artista, especialmente as máscaras, o que fez com que
ele procurasse retratá-las em suas pinturas. As máscaras, carregadas de
significados sagrados, mas também pela simplificação das formas, tornaram-se
referência para alguns artistas do Modernismo.
O cubismo foi
o movimento primordial que impulsionou para que os outros possam ser
influenciado pela arte africana, visto que os artistas do cubismo também
destacavam-se em outros movimentos, é no caso do fauvismo. Um dos artistas mais
destacados é o Matisse, onde que as suas obras tiveram grandes influências nas
mascaras.
Referência bibliográfica
ALENCASTRO,
Luís Felipe de. “Lisboa: capital negreira do Ocidente”. In: O trato dos viventes:
formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. pp.77-116.
BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva;
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[no prelo].
Disponível
em:
http://www.afroasia.ufba.br/pdf/AA_44_JABarros.pdf. Acesso em 22 de Fevereiro de 2017, pelas 15:37
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http://www.afroasia.ufba.br/pdf/AA_44_JABarros.pdf
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