Índice
Introdução
A colonização francesa na África se
concretizou de fato nos fins do século XIX, A Lei-Quadro teve um efeito directo
e constituiu a viragem de direcção para os partidos africanos assumirem o poder
nos territórios africanos. Falar dos países e as datas em que se tornaram
independentes de França no século XX. Por falar da Guerra da Argélia (1954-1962) foi um conflito
de argelinos contra franceses para conquistar a independência do país. O
conflito provocou a morte de mais de 300 mil argelinos, 27.500 soldados franceses
e o êxodo de 900 mil colonos franceses.
Colonização francesa na África
A colonização francesa na África se
concretizou de fato nos fins do século XIX e no século XX, porém, em 1664 os
franceses chegam no Senegal e exploram a região. Desde 1830 a França já exercia
grande influência na Argélia, e também na Tunísia desde 1881. Depois da
Conferência de Berlim (1894-1895) os franceses que criaram o seu Ministério das
Colônias em 1894, dividiram os seus territórios em três partes: África
Ocidental Francesa, África Equatorial Francesa e Ilhas Francesas.
A África Ocidental Francesa, passou a ser
chamada de Sudão Francês apenas em 1931, e a capital deste território ficava em
Saint Louis, no Senegal. Os países que compunham este território eram: Alto
Volta (Burkina Faso), Costa do Marfim, Mali, Níger e Senegal. A África
Equatorial Francesa, foi uma possessão francesa que ia desde das margens do Rio
Congo até o Deserto do Saara, composta pelos seguintes países: Congo, Gabão,
Chade, Camarões e Ubangui-Char que se tornou a República Centro Africana em
1960 após sua independência. As ilhas Francesas contam com os territórios de
Madagascar e Comores.
Os vários movimentos intelectuais
nas colônias no início do Século XX passaram a questionar a sua condição
colonial e lutar pela independência. O processo de Descolonização das colônias
francesas só vai se efetivar após a Segunda Guerra Mundial, tendo em vista que
muitas colônias enviaram soldados para combater no front francês em várias
batalhas. Em 1954 a Argélia começa uma guerra pela sua independência que durará
até 1962, quando os franceses assinam o acordo de Évian reconhecendo a
República Popular da Argélia. Nesse entre guerras contra Argélia, em 1956 o
Marrocos torna-se independente, já que a França não teria mais condições de
lutar contra outra colônia. Em 1959 a confederação do Mali, composto pelas
colônias Alto Volta (Burkina Faso), Daomé (Benin), Senegal e Mali, pede ao
governo De Gaule pela sua independência, que a concede em 1960.
Outras colônias francesas também
têm suas independências reconhecidas no mesmo ano, como: Costa do Marfim,
Mauritânia, Níger, Togo, Chade, Camarões, Gabão, República do Congo,
Madagascar, Ubangui-Char tornou-se a República Centro Africana após a
independência. O ano de 1960 foi reconhecido como “o ano Africano”, pois foi um
momento de conquista dos vários anos de submissão aos franceses por meio de
oposições pacíficas. Comores foi a última colônia francesa no continente
africano, e teve sua independência em 1975.
As independências nas colónias francesas à luz da Lei-Quadro
A
Lei-Quadro teve um efeito directo e constituiu a viragem de direcção para os
partidos africanos assumirem o poder nos territórios africanos. Deste modo,
coube aos três principais blocos da região. A Convenção Africana de Senghor, a
Assembleia Democrática Africanista de Boigny e o Movimento Socialista Africano
de Lamine Guèye — reflectir sobre a renovação dos partidos para assumirem
representações territoriais e posições sobre o relacionamento com França.
Cada
bloco apresentava posições diferentes e, por vezes, contrárias. A Assembleia
Democrática Africanista teve o papel decisivo, porque nas eleições de 1957, no
âmbito da aplicação da Lei-Quadro, obteve uma grande maioria na Costa do
Marfim, Guiné e Sudão. Restava saber o que a Assembleia Democrática Africanista
faria com a sua vitória: se optaria por manter a federação com a França ou se
iria seguir os ventos de mudança rumo à independência, que já se tinham
iniciado no Gana., No III Congresso da Assembleia Democrática Africanista,
realizado em 1937, pôde assistir-se a um debate inteiramente africano dos
problemas africanos, o qual culminou com a decisão do não desmembramento da
Assembleia Democrática Africanista, em nome da unidade africana. segundo as
palavras de Ahmed Sekou Touré.
Foram
os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de
França no século XX (data da independência):
·
Marrocos (2 de Março de 1956)
·
Tunísia (20 de Março de 1956)
·
Guiné (2 de Outubro de 1958)
·
Camarões (1 de Janeiro de 1960)
·
Togo (27 de Abril de 1960)
·
Senegal (20 de Junho de 1960)
·
Madagáscar (26 de Junho de 1960)
·
Benin (1 de Agosto de 1960)
·
Níger (3 de Agosto de 1960)
·
Burkina Faso (5 de Agosto de 1960)
·
Costa do Marfim (7 de Agosto de 1960)
·
Chade (11 de Agosto de 1960)
Períodos da independência dos países africanos
·
Congo (15 de Agosto de 1960)
·
Gabão (17 de Agosto 1960)
·
Mali (22 de Setembro de 1960)
·
Mauritânia (28 de Novembro de 1960)
·
Argélia (5 de Julho de 1962)
·
Comores (6 de Julho de 1975)
·
Djibouti (27 de Junho de 1977)
Descolonização Da Argélia
No
século XIX, a onda neocolonialista impeliu os franceses a empreenderem a
dominação do território argelino. Valendo-se de débeis justificativas ligadas à
ação de piratas na região e o respeito às suas autoridades, o governo francês
desenvolveu a invasão da Argélia em 1830. Já nesse momento, a resistência da
população local impôs uma delicada situação de conflito que só veio a ser
estabilizada a partir de 1848.
Ao
longo do processo de colonização, observamos que colonos de várias nações
europeias ocuparam a região norte da Argélia à procura das terras férteis
disponíveis naquele espaço. O processo de desapropriação dos nativos impôs a
primeira diferenciação entre os argelinos e europeus, que eram costumeiramente
chamados de “pés pretos” por conta da qualidade das terras que conquistaram.
Durante
sua estada no controle da Argélia, os franceses cooptavam as elites locais
oferecendo importantes cargos de chefia e abrindo a porta de suas instituições
de ensino aos filhos dessa elite. Com o passar do tempo, essa elite educada sob
os moldes europeus organizou um discurso político contrário à presença francesa
em território argelino. Foi daí que o processo de independência conquistava
seus primeiros passos.
Resistindo
ao fortalecimento desse movimento autonomista, a França resolveu conceder, em
1947, a extensão da cidadania francesa a todos os argelinos e permitir que
muçulmanos também ocupassem cargos públicos. Apesar da ação, esse mesmo ano foi
marcado pela fundação da Frente de Libertação Nacional (FLN), que alimentava a
realização de uma luta pela independência do povo argelino.
Entre
os anos de 1954 e 1955, o movimento de independência acabou alimentando
diversas situações de conflito que aproveitavam da derrota francesa na guerra
do Vietnã e o apoio da opinião internacional. Inicialmente, o governo francês
tentou resistir à situação realizando prisões arbitrárias, torturas e ações de
natureza terrorista. Contudo, mediante a resistência, o presidente Charles de
Gaulle aceitou a independência argelina ao assinar um termo que reconhecia a
soberania política da Argélia, em 1962.
A
partir de então, a Argélia se transformou na República Popular Democrática da
Argélia e tem como presidente eleito Ahmed Bem Bella. Fundado em princípios
socialistas, o novo governo conta com a participação única da Frente de
Libertação Nacional como partido político. Ainda hoje, as disputas políticas e
a miséria impedem o desenvolvimento desta nação norte-africana
Fim da Guerra descolonização na Argélia
Somente
em 8 de março de 1962, com a assinatura do Acordo de Evian, terminou a guerra
na Argélia. Posteriormente, o tratado de paz seria submetido a referendo ao
povo argelino em abril.
Em
seguida, em 5 de julho de 1962 foi proclamada a República Democrática e Popular
da Argélia. Após a convocação da Assembleia Constituinte, Ahmed Ben Bella -
líder da FLN - foi conduzido à presidência.
A
violência continuaria, pois vários pieds-noir (pés pretos, argelinos de origem
europeia) são, literalmente, caçados no país. Ao irem para a França, tampouco
são aceitos plenamente nesta sociedade, porque são vistos como inferiores.
Conclusão
Fim
do trabalho conclui-se que a independência das colónias francesas em África não
foi fácil, A Argélia, no entanto, só se tornou independente depois de 8 anos
duma guerra que causou milhares de mortos, não só na própria colónia, como
também na França, após o que o governo francês, dirigido pelo general Charles
de Gaulle, decidiu entrar em conversações com o principal movimento
independentista (Frente de Libertação nacional ou FLN) e conceder-lhe a
independência.
No
termino do trabalho pode-se compreender o quanto foi difícil os países
africanos ficarem livre do colonialismo e o tema ensina muito acerca de como
foi este período de descolonização.
Referencias Bibliográficas
MATAVELE,
Eudito. Et All. Pré-Universitário 11ª classe. Plural Editoras. 2009.
RAINER,
Gonçalves Sousa, Descolonização da Argélia - Mundo Educação, 2000,
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