sexta-feira, 9 de abril de 2021

Técnicas utilizadas vem coleta de dados, observação como técnica de recolha de dados em administração.

 Titulo: Técnicas utilizadas vem coleta de dados, observação como técnica de recolha de dados em administração.

Referencias Bibliograficas:Marina Bandeira,Definição das variáveis e  métodos de coleta de   dados.

 

Segundo FERREIRA et al. (1999, p. 602) dado é o “princípio em que se assenta uma discussão” ou o “elemento ou base para a formação de um juízo”. HOUAISSet al. (2001, p. 903) concordam com esta posição e a desenvolve ao definir dado como “aquilo que se conhece e a partir do que se inicia a solução de um problema, a formulação de um juízo, o desenvolvimento de um raciocínio”.Os autores ainda

A coleta de dados é um processo que visa reunir os dados para uso secundário por meio de técnicas específicas de pesquisa.Esses dados são utilizados para tarefas de pesquisa, planejamento, estudo, desenvolvimento e experimentações.A coleta de dados para pesquisa científica é definida a partir da problematização, objetivos geral e específico e metodologia.

Os Procedimento de coleta e registro dos dados foram obtidos a partir de coleta de fontes primárias e secundárias. Para Malhotra (2004), dados primários são aqueles coletados para fins diferentes do problema em pauta e dados secundários são os originados do pesquisador para solucionar o problema da pesquisa. Como fonte de dados secundários, foi levantada uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto pertinente à liderança. O próximo passo foi relacionar a pesquisa de desempenho em três medidas: Financeiro, Não Financeiro e Híbrido.

No projeto de pesquisa, o pesquisador deverá descrever detalhadamente o método que usará para coletar seus dados. Basicamente ele pode adotar como método de coleta de dados a utilização de documentos, a observação de comportamentos ou então a informação dada pelo próprio sujeito, seja oralmente (entrevistas) ou de forma escrita (questionários auto administrados). Abaixo discutiremos estes métodos de coleta de dados.

Trata-se de documentos escritos, oficiais ou pessoais. No caso de documentos oficiais, podemos utilizar por exemplo, os prontuários de hospitais psiquiátricos se quisermos pesquisar as características clínicas dos pacientes que frequentaram a emergência no último ano. Ou podemos consultar as fichas de registro de acidentes em alguma organização do governo que compila este tipo de dados. Este tipo de documentos é muito utilizado em pesquisas que estudam o funcionamento de organizações. No caso de documentos pessoais são utilizados por exemplo, os diários ou correspondências dos sujeitos. Mencionamos documentos que se resumem a textos, mas os documentos podem também ser visuais, tais como desenhos, pinturas ou documentos sonoros, tais como cassetes ou discos.

Há vários tipos de observação. Se adotarmos este método de coleta de dados, é preciso especificar qual o tipo de observação que faremos. 

Observação Sistemática: Este tipo de observação gera dados mais fidedignos, pois implica em uma distância maior entre o pesquisador e o fenômeno a ser observado. Neste caso, o instrumento de medida consiste em uma grade de observação na qual estarão indicados quais elementos devemos observar. A grade de observação permite observar os comportamentos de todos os sujeitos da mesma maneira. Estas características garantem a reproduticvidade e a objetividade dos dados.

Observação em entrevista: O pesquisador, neste tipo de observação, está menos distante dos sujeitos estudados. Neste caso, no decorrer da entrevista, ele pode observar diversos aspectos do comportamento humano, dependendo dos interesses e objetivos da pesquisa. Ele pode observar, por exemplo, a aparência física (cuidados com o corpo e a higiene), comportamentos não-verbais ou paralinguísticos (tom de voz, entonação, latência das respostas e expressões faciais), comportamentos verbais (estrutura da fala, formulação das frases), postura, gestos e movimentos do corpo. Pode observar ainda elementos interacionais, tais como as reações do sujeito às intervenções do entrevistador. É usada para pesquisas onde há necessidade de fazer diagnósticos clínicos

Observação Participante: Este é o tipo de observação que implica em dados mais reativos porque o pesquisador está menos distante dos seus sujeitos. Ele interage plenamente com os sujeitos sem que haja distinção entre sujeito-pesquisador. Não há uma grade de observação, mas apenas pontos que guiam a atenção do pesquisador. Ele não anota seus dados no momento da observação, mas apenas posteriormente, usando de sua memória. Ele focaliza mais os aspectos qualitativos do que quantitativos do fenômeno sob estudo. Por exemplo, nos estudos antropológicos este tipo de observação é muito utilizada.

Observação Livre: Quando o pesquisador aborda a situação sem nenhuma grade de observação ele está fazendo uma observação livre. É muito utilizada, como o método acima, pelos sociólogos e antropólogos.  Nestes dois últimos tipos de observação, a única maneira de controlar a reatividade das medidas é quando os sujeitos não tomam conhecimento de que estão sendo observados. Entretanto, esta prática coloca um problema ético delicado.

 Variantes do método observação além da observação participante, já mencionada neste trabalho, quanto a participação do pesquisador, a observação também pode ser classificada como não participante, na qual o pesquisador não se envolve com o objeto pesquisado. A observação não participante também pode ser conhecida como simples. O pesquisador permanece alheio à comunidade ou processo ao qual está pesquisando, tendo um papel de espectador do objeto observado (GIL, 2006). Na observação não participante os sujeitos não sabem que estão sendo observados, o observador não está diretamente envolvido na situação analisada e não interage com objeto da observação. Nesse tipo de observação o pesquisador apreende uma situação como ela realmente ocorre.

A observação participante costuma ser essencialmente não estruturada enquanto a observação simples e sistemática costuma ser baseada em estruturas pré-formuladas. Já na observação semiestruturada, o observador define algumas categorias de observação, porém mantém-se aberto à formação de novas categorias. O quadro 1 apresenta um resumo dos tipos de observação, com suas vantagens e limitações.

Considerações finais

Apesar da entrevista ser um dos métodos mais utilizados para coleta de dados em pesquisas qualitativas, há novas abordagens relevantes, que favorecem a compreensão de alguns fenômenos não facilmente explicados por outras técnicas e que podem expor novas características e informações. A observação pode ser uma destas técnicas alternativas, que pode ser usada tanto em conjunto com a entrevista quanto com outras técnicas. Porém, a observação ainda precisa ser divulgada e, por que não, ensinada nos cursos de forma mais sistemática, obedecendo a critérios mais formais e estruturais. As pesquisas devem ser baseadas em autores que classificam esta técnica, para que sua cientificidade seja respeitada e difundida no meio acadêmico, pois a discussão recorrente na academia acerca do método, suas vantagens e limitações é de extrema relevância e garante maior confiabilidade para a pesquisa.

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