Índice
2.1. Elementos
do financiamento
2.4.Correntes
Contas caucionadas
2.7. Objectivo
do Capital de Risco
2.8. Entrada de
capital de risco
3.1. Vantagem
do auto-financiamento
3.2.
Desvantagem do auto-financiamento
4.1. Vantagem
do financiamento indirecto
4.2.Desvantagem
do financiamento indirecto
5. Acesso ao
financiamento em moçambique
6.2. Planos de
financiamento em project finances de
6.3.
Conceituação de project finance
6.4. Elementos Chaves na Concessão de Crédito
6.7. Como a política
e a economia influenciam a Concessão de Crédito
1. introdução
O Financiamento de projectos de investimento trata
das operações financeiras necessárias para assegurar os recursos inerentes ao
projecto. E o presente trabalho visa fazer saber como
conseguir financiamento para um projeto, quem financia projetos, o que é
project finance financiamento a projetos, como financiar uma empresa. o que é
necessário para concessão de crédito, como funciona liberação de crédito, quais os três elementos fundamentais de uma
política de crédito, São etapas do processo de concessão de crédito, o que quer
dizer a palavra concessão., concessão de crédito é o fornecimento de crédito para
um indivíduo. Este capital possibilita acesso a bens e serviços que, de outra
forma, não seriam adquiridos ou demorariam a ser.
2. Financiamento
É uma operação em que a parte financiadora,que em
geral costuma ser uma instituição financeira,esta fornece recursos para a outra
parte que esta sendo financiada de modo que esta possa executar algum
investimento específico previamente acordado. Ou por outra podemos dizer que
financiamento é a compra parcelada de um produto ou serviço em que se
acrescenta uma taxa de juro ao montante inicial que variará conforme o tempo de
duração do mesmo. CHIAVENATO (2005).
Muitas das vezes confundimos o financiamento com o
empréstimo, mas o empréstimo e o contrario do financiamento,uma vez que os
recursos do financiamento precisam necessariamente de serem investidos de modo
acordado no contracto, enquanto os do empréstimo não é preciso informar qual o
bem que se pretende comprar ou seja, os recursos obtidos não tem destinação
específica
2.1. Elementos
do financiamento
Existem no total sete elementos do
financiamento os mesmos que são: Confiança - é o elemento chave, pois os
empresários devem demonstrar credibilidade e transparência, idoneidade,
capacidade de gestão e contabilidade organizada para conquistar a confiança dos
bRisco - representa o elemento que permite determinar a capacidade do mutuário
para reembolsar o serviço da divida ou seja do capital e juro;
Montante
- constitui a verba emprestada ou fundos desembolsados pelo banco. O montante a
conceder varia em função do nível da colacterização, ou seja, do grau de
cobertura do risco e o limite de concentração de rico do banco que e 25% dos
fundos próprios;
Finalidade
- é um dos elementos que definem o credito bancário, e esta relacionada com a
aplicação ou utilização dos fundos desembolsados pelo banco. A correcta aplicação
dos fundos por parte do mutuário contribui para refocar os laços de confiança
com o credor que é o banco;
Prazo
- permite aferir o horizonte temporal para reembolso da dívida, quanto maiorfor
o prazo, maior terá de ser a confiança
do banco e, consequentemente, maior risco da operação de crédito;
Pricing
- é o custo do financiamento a que se chama de taxa de juro ou de comissões.
A determinação do preço do empréstimo depende da
experiencia creditícia ou seja do histórico de relacionamento, registo de
incidentes, etc, do risco de credito e prazo de reembolso;
Garantia
- a garantia tal como já diz o nome serve com elemento de protecção de risco do
crédito, ou seja, quando a avaliação de risco do banco considera que a probabilidade
de incumprimento do devedor é elevada, então a exigência é maior para assegurar
a recuperação do capital mutuário e respectivo juros.
2.2. Tipos de
Financiamento
2.2.1.Crédito
bancário
Segundo (Pires, 1996), é uma operação financeira em
que um banco disponibiliza um valor monetário em determinado momento a favor de
outrem em contrapartida de um compromisso de pagamento do correspondente valor
acrescido de um proveito financeiro.
Normalmente, o crédito bancário é uma forma de
financiamento adequada no caso de a empresa estar moderadamente endividada e
com boa capacidade de gerar cash flows1 ou seja lucros, assim os empresários
com negócios nestas condições podem recorrer a empréstim bancários para
financiarem as suas operações e programas de expanção com condições muito vantajosas,
sem cederem parte do controlo da empresa. Como é natural, os bancos são mais receptivos
a emprestarem dinheiro a empresas sólidas e já estabelecidas no mercado do que
a empresas emergentes. Assim o financiamento bancário pode ser aconcelhável nas
seguintes condicoes: Expanção de um negócio lucrativo
Financiamento de uma grande aquisição (equipamentos,
instalações, dentre outros);
2.3.
Quando o cash flow da empresa é forte e seguro.
É uma operação financeira através da qual uma
instituição bancária coloca a disposição do seu cliente um determinado montante
por ele solicitado comprometendo-se a liquidá-lo em datas previamente fixadas e
acrescido dos respectivos juros.
Formas
do credito bancario de curto prazo
Desconto de letras e livranças Corresponde ao
adiantamento, feito pela instituição bancária que realiza a operação relativamente
à data do seu vencimento. Estas operações têm diversos tipos de custos designadamente:
juros, comissões, imposto de selo e portes
Emprestimos de curto prazo São normalmente usados
para financiar operações de prazo reduzido,
2.4.Correntes Contas
caucionadas
São operações de crédito pelas quais a entidade
financiadora coloca ao dispor do seu cliente um determinado volume de crédeto
contratado,que este pode utilizar até o seu limite, podendo repor quando
entender, partes do capital por forma a reduzir o montante do seu debito.
2.5. Descobertos
bancários
Constituem plafonds ou seja valor limite de crédito
que as entidades bancárias autorizam que as empresas movimentem quase sempre
por períodos muito curtos de tempo para suprir necessidades momentâneas de
tesouraria.
2.6. Linhas de
crédito
As linhas de crédito são uma forma de empréstimo
bancário flexível, orientado para o curto prazo, em que a instituição credora
confere à empresa o direito de,dentro de um plafond previamente acordado,
retirar fundos consoante as suas necessidades de tesouraria. As linhas de
crédito são especialmente indicadas para fazer face a insuficiências
temporárias e previsíveis de tesouraria. O factoring é igualmente um
instrumento de gestão de tesouraria. O contrato de factoring consiste na
cedência dos créditos da empresa a uma sociedade especializada que se
responsabilizará pela cobrança desse crédito.
Finalmente, temos o financiamento por capital, que
consiste na troca de dinheiro por uma parcela do capital e, como tal, de uma
parte do controlo da empresa. Numa primeira fase, o empreendedor, face à
carência de fundos próprios e aos problemas decorrentes do crédito, pode
recorrer a investidores privados, sejam eles família, amigos ou Business
Angels.
Tipicamente, os business angels cedem capital a
empresa emergentes, cuja dimensão é ainda muito pequena para atraírem capital
de risco. Por outro lado, tendem a assumir um papel de grande colaboração com o
empresário, contribuindo com a sua experiência. Então, o recurso aos business
angels é aconselhável nas seguintes situações
Os montantes de financiamento envolvidos são pequenos
e a empresa é recente;
·
No caso de o empreendedor ter um ou mais
amigos com capacidade financeira que acreditam nele e, por isso, estão
disponíveis para investirem no projecto.
·
O empreendedor está disponível para
aceitar investidores que tenham um interesse pessoal no seu negócio, mas não
quer que a gestão seja influenciada por estranhos''
O Capital de Risco pode ser definido como uma forma
de investimento empresarial, com o objectivo de financiar empresas, apoiando o
seu desenvolvimento e crescimento, com fortes reflexos na gestão. É também uma
das principais fontes de financiamento para jovens empresas, start-up’s e
investimentos de risco com elevado potencial de rentabilização
O recurso ao financiamento via capital de risco só
está ao alcance de negócios que apresentem potencial de crescimento ou um
elevado retorno de investimento esperado. Esta forma de financiamento é
adequada nas seguintes condições'
O empreendedor possui uma ideia e uma tecnologia
excepcionais, que lhe permitiram (ou permitirão) conquistar uma base de
clientes de elevado potencial.
·
O empreendedor está disponível para
partilhar o controlo da empresa com terceiros.
·
A empresa está numa fase pré-IPO, isto
é, pretende distribuir parte do seu capital em bolsa num futuro próximo, o que
implica necessidades extra de capital
2.7. Objectivo
do Capital de Risco
O Capital de Risco tem por objectivo financiar
pequenas empresas, em início de actividade ou transformação e expansão,
apoiando o seu desenvolvimento e crescimento, tendo por finalidade o sucesso
empresarial e o lucro. Tendo por objecto investir numa empresa e facultar-lhe
os instrumentos necessários ao seu desenvolvimento ou recuperação, o sistema de
informações de crédito pode controlar efectivamente a empresa, e obter uma remuneração
substancialmente superior ao que seria garantido pela dimensão da participação
social
O objectivo do Capital de Risco é identificar
empresas com elevado potencial, mesmo que se encontrem em situação financeira
delicada, realizar uma entrada de dinheiro como contrapartida de uma
participação minoritária e, pela intervenção directa na gestão da empresa,
implementar soluções profissionais, desenvolver estratégias de eficiência na
produção e distribuição, marketing e promoção, e assim contribuir para a
valorização do negócios. O Capital de Risco não pode, nem deve ser encarado
como um lend4er of last resort5ou última salvação de empresas, uma vez que não
é garantido
2.8. Entrada de
capital de risco
Os parceiros do Capital de Risco devem compreender
que a entrada de Capital de Risco não é equivalente à tomada de controlo da
empresa. O Capital de Risco não se ocupa da gestão da empresa: apoia a gestão e
a inovação, sustentando as acções que possam contribuir para a sua valorização,
criando desta forma:
i)
Reforço da estrutura financeira da
empresa;
ii)
Facilidade de acesso e outras fontes de
financiamento;
iii)
Sinalização sobre a credibilidade da
empresa;
iv) E um parceiro empenhado que
contribui com aconselhamentos e permite o acesso a uma interessante rede de contactos.
2,9.
A saída do capital de risco
O Capital de Risco é um investimento de curto ou
médio prazo no capital da empresa, por natureza, é sempre um investimento
temporário. Como a sua remuneração está dependente das mais-valias realizadas,
importa saber quais os mecanismos de desinvestimentos – de saída – do Capital
de Risco. A saída pode assumir diversas formas:
a) Venda da participação aos seus antigos titulares,
tanto de forma espontânea como prénegociada logo no momento do investimento
Venda da participação a terceiros, quer a
investidores tradicionais como a outros investidores de Capital de Risco (caso
em que o desinvestimento assume a designação de secundary buy-out);
c) Venda em Mercado da bolsa, em especial quando o
Capital de Risco assumiu a natureza de bridge financing.
O Investimento-Anjo é o investimento efetuado por
pessoas físicas com seu capital próprio em empresas nascentes com alto
potencial de crescimento (as startups) apresentando as seguintes
características:
1. É efectuado por profissionais (empresários,
executivos e profissionais liberais) experientes, que agregam valor para o
empreendedor com seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamentos além
dos recursos financeiros, por isto é conhecido como smart-money.
2. Tem normalmente uma participação minoritária no
negócio.
3. Não tem posição executiva na empresa, mas apóiam
o empreendedor actuando como um mentor/conselheiro
O Investidor-Anjo tem como objectivo aplicar em
negócios com alto potencial e retorno, que consequentemente terão um grande
impacto positivo para a sociedade através da geração de oportunidades de
trabalho e de renda. O termo "anjo" é utilizado pelo facto de não ser
um investidor exclusivamente financeiro que fornece apenas o capital necessário
para o negócio, mas por apoiar ao empreendedor, aplicando seus conhecimentos,
experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de
sucesso
3. Auto-financiamento
Para Albuquerque (1996) o autofinanciamento, é o
tipo de financiamento no qual se utilizam recursos próprios, gerados pela
própria instituição ou pessoa no decurso de suas atividades, através dos
resultados líquidos obtidos por esta instituição ou pessoa.
Carvalho (1997), refere-se ao autofinanciamento como
sendo a parcela dos investimentos que são custeados com os lucros acumulados de
uma empresa ou grupo econômico, assim como que por uma pessoa singular.
Para Albuquerque (1996) o autofinanciamento, é o
tipo de financiamento no qual se utilizam recursos próprios, gerados pela própria
instituição ou pessoa no decurso de suas atividades, através dos resultados
líquidos obtidos por esta instituição Carvalho (1997.
3.1. Vantagem do
auto-financiamento
O auto financiamento evita o recurso a capitais
alheios, onerosos, bem como, o recurso a incrementos de capital por parte dos
seus sócios ou accionistas de modo a poupar o esforço financeiro dos mesmos.
3.2. Desvantagem
do auto-financiamento
A desvantagem do autofinanciamento é uma redução do
valor dos dividendos eventualmente distribuídos para os acionistas.
4. Financiamento
indirecto
São os fundos monetários a serem canalizados
(indirectamente) para os agentes “investidores líquidos” (com necessidade de
financiamento). Obtêm-se pelas instituições financeiras aos agentes (que detêm capitais
liquidos) com capacidade de financiamento, comprando titulos de dívida
primária, os mesmos emitidos pelas empresas.
Assim sendo podemos dizer que o financiamento
indirecto é aquele que se efectua através da acção dos intermediários
financeiros: emprestam e pedem emprestado, quanto a maior parte dos recursos
das instituições financeiras não são sua propriedade mas sim dos agentes
económicos principalmente das famílias ou outras empresas. Marques (1991)
4.1. Vantagem do
financiamento indirecto
·
O financiamento indirecto tem como
vantagens seguintes:
·
Adequação das maturidades;
·
Adequação da liquidez;
·
Economias de escala (por terem grandes
proporções):
Reduz o custo de transacção e permite diversificar o
risco: alisamento intertemporal, o risco pode ser “espalhado” pelo tempo. –
Facilita o acesso ao financiamento por parte das empresas pequenas e sem reputação, que não
têm escala suficiente para emitir
títulos.
Sendo o mercado financeiro caracterizado pela incerteza
e assimetria de informação,os intermediários financeiros beneficiam do facto de
reunirem muita informação,e de a processarem de forma mais eficiente do que os
indivíduos.
4.2.Desvantagem do
financiamento indirecto
A desvantagem do financiamento indirecto é ter taxas
elevadas por existir um segundo financiador no meio do processo,e por este não
ser muito aconselhável.
5. Acesso ao
financiamento em moçambique
O acesso ao financiamento tem sido apontado pelo
sector privado como sendo um dos principais constrangimento para o
desenvolvimento da actividade empresarial em Moçambique.As empresas para
acederem as diferentes fontes de financiamento disponíveis no mercado-banca,Mercado
de capitais ou capitais de risco devem fornecer um conjunto de informações
(Qualitativas e Quantitativas) com vista a conferir transparência e
credibilidade empresarial.Assim sendo o acesso ao financiamento assenta
fundamentalmente em três pilares:
Qualquer banco ao conceder um empréstimo precisa de
ter a segurança que os fundos desembolsados serão devidamente utilizados e
reembolsados no prazo acordado, desta forma preocupando-se em saber a quem
estão a financiar ou emprestar dinheiro procurando obter as seguintes informações:
a) Quem são os sócios e gestores da empresa?
b) Que tipo de actividade a empresa desenvolve?
c) Existem algum histórico de registo de incidentes
ou incumprimento no sistema financeiro?
d) Existem dívidas irregulares com a segurança
social?
e) Existem dividas ficais vencidas e não
regularizadas?
f) Existem informação em desabono da empresa, sócio
e gestores?
6. Capacidade
Critica
Os empresários devem entregar toda a informação
financeira fiável,que permita aos bancos aferir a capacidade previsional de
pagamento do serviço da divida (capital e juros),que por sua vez,o banco irá
avaliar a capacidade financeira da empresa ou projecto para gerar fluxos
monetários(cash flow)futuros que é aquele que consegue prover meios financeiros
suficientes para assegurar.
6.1. Contabilidade
organizada
As demonstrações financeiras (balanço,demonstração
de resultados,mapa de fluxos de caixa), tem a vantagem pois influenciam na
tomada de decisão de crédito porque permitem ver a situação económica e
financeira das empresas,assim como, prever cenários de evolução e riscos
associados. Além disso as melhores prácticas internacionais aceites recomendam
que as demonstrações financeiras deverão apresentar quatro características
qualitativas:
Compreensibilidade
- significa rapidamente compreensível pelo utente;
Relevância - significa que
influencia as decisões de utentes (em particular,os financiadores);
Fiabilidade
- significa que é confiável, isenta de erros materiais;
Comparabilidade
- significa que a informação financeira e comparável com outro períodos.
Financiamento
pelas ong’s
As organizações não-governamentais (ONG),e
particularmente as organizações de pessoas com deficiência, têm-se visto
confrontadas com sérias dificuldade financeiras qUe advêm, por um lado da
quebra significativa dos apoios de empresas, motivado pela crise financeira e,
o que as tem obrigado a procurar financiamento através de outras fontes.
Esta acção exige, da parte das organizações, um
trabalho e uma exigência extra para os quais muitas vezes não estão preparadas.
Actualmente, a captação de recursos significa apresentar um projecto ou uma
candidatura a um prémio.
Ao nível
nacional poucas entidades atribuem financiamento sem que este esteja suportado
por um projecto e muito poucas não têm já prédefinidos os objectivos e o
público-alvo a que se destina o seu financiamento.
6.2. Planos de
financiamento em project finances de
Infra-estrutura
O Project finance é colocado como uma forma de
garantir o financiamento desses investimentos. Sua estrutura financeira,
baseada na criação de uma pessoa jurídica para gestão do empreendimento, busca
dirimir os riscos pela elevação do número de
participantes e pela securitização de receitas
futuras, tornando-as líquidas no curto prazo
6.3. Conceituação
de project finance
Ao definir project finance, os autores são unânimes
em observar que este tem como principal característica a relação de
subordinação entre o fluxo de caixa do projeto e o serviço da dívida. Ou seja,
a única fonte de recursos para pagamento dos débitos seriam os recebíveis vinculados
ao projeto, excluindo-se fontes diversas que a instituição proprietária do
projeto possa dispor em seus ativos. Este ponto é abordado na definição de
Estache e Strong (2000,apud SENNA; MICHEL, 2006, p. 135):
Project finance é um tipo de técnica de finanças
baseada em débito, sendo muito utilizada para o desenvolvimento de
infra-estruturas públicas, em que o emprestador14 confia e toma por base o
fluxo de caixa produzido pelo projeto para cobrir o empréstimo, ao invés de
outras fontes de pagamento, como garantias do governo, ativos ou créditos do
patrocinador.
O Project finance é uma forma específica de arranjo
financeiro para viabilização de investimentos, geralmente de grande vulto, onde
uma sociedade específica é criada para gerir um investimento em
infra-estrutura. Sua estrutura financeira envolve, como elementos básicos, a
mitigação de riscos pela elevação do número de participantes e a securitização
de receitas futuras do proje
O que distingue o project finance do financiamento
direto convencional é que, em vez de considerar a totalidade da carteira de
ativos de uma empresa para a geração de fluxo de caixa (que sustentará o
crédito obtido), no project finance o projeto é considerado uma “entidade
jurídica distinta” e o financiamento é elaborado sob medida para as
características de fluxo de caixa dos ativos do projeto um dos pilares do
project finance é ser baseado em uma SPE, Sociedade de Propósito
Entre as diversas fontes de financiamento, cita-se
(ARAÚJO, 2006, p. 179; BORGES, 1998,p. 9):
a) recursos próprios;
b) fornecedores;
c) fundos de pensão;
d) fundos de investimentos;
e) seguradoras;
f) bancos comerciais e de investimento;
g) agências e bancos estatais;
h) bancos e agências multilaterais;
i) agências de crédito de exportação;
j) agências especializadOS;
h) mercado de capitais
A concessão de crédito ao consumidor tornou-se um
negócio atrativo devido à contribuição
que pode dar na geração de lucros das instituições financeiras, principalmente no financiamento de
automóveis. Uma das razões dessa preocupação é o não recebimento dos
créditos concedidos, pois isso afeta a
margem de lucro das instituições financeiras
A atividade de concessão de crédito baseia-se em
informações e decisões
6.4. Elementos Chaves na Concessão de Crédito
Para realizar a avaliação de riscos sobre concessões
de crédito, os bancos recorrem ao uso de
duas técnicas de análise: a técnica subjetiva e a técnica objetiva ou estatística.
Por definição, o processo de análise subjetivo
envolve decisões individuais quanto à concessão ou recusa do crédito. Nesse
processo, a decisão baseia-se na
experiência adquirida, na disponibilidade de informações e na
sensibilidade de cada analista quanto à
viabilidade do crédito
Segundo Santos (2000), as informações que são
necessárias para a análise subjetiva da
capacidade financeira dos tomadores de crédito são tradicionalmente conhecidas como 5 C's: Caráter, Capacidade,
Capital, Colateral e Condições gerais.
a) Caráter - Está associado com o histórico do
cliente. Permite avaliar a probabilidade
de um cliente amortizar seus empréstimos. Para a análise desse critério, é indispensável que existam informações
históricas do cliente (internas e
externas) que evidenciem intencional idade e pontualidade na amortização
de empréstimos.
Capacidade - Refere-se ao julgamento subjetivo do
analista quanto à habilidade dos
clientes no gerenciamento e conversão de seus negócios e trabalho, em renda ou receita líquida disponível. Outra
consideração importante é a capacidade de gastar das pessoas
Capital - Refere-se à aplicação de recursos em bens
e direitos realizáveis ou imobilizações,
contrapostas por obrigações
Colateral - Está associado com a análise da riqueza
patrimonial das
pessoas, considerando a possibilidade futura de
vinculação de bens ao contrato de
crédito, em casos de perda (parcial ou total) da
fonte primária de pagamento
Condições
gerais - Está associada com a análise do impacto de
fatores sistemáticos ou externos sobre a fonte primária de pagamento. A atenção
nessa informação é de extrema
importância para a determinação do risco total de crédito, uma vez que, dependendo da gravidade do fator
sistemático.
6.5.
Regras de Concessão de Crédito
Se as "regras", conforme utilizadas no
mercado creditício, que cobrem o
processo de crédito incluem os seguintes passos:
·
cada Programa de Produto de Crédito ao
Consumidor deve ser aprovado por
profissionais de crédito às quais tenha sido delegada autoridade específica de aprovação, baseada
em sua perícia relativa a determinados
produtos de crédito ao consumidor;
·
após um ano, uma revisão do programa
anteriormente aprovado deve ser feita no
mesmo nível. Depois disso, uma revisão é obrigatória somente se houver mudança substancial na
inadimplência, nas perdas ou na
lucratividade ou nos prazos e condições do negócio;
·
um Programa de Produto de Crédito ao
Consumidor deve ter características
completas de risco I do produto, incluindo
processos de iniciação ao crédito, capacidade operacional,
adequação dos sistemas de suporte e
habilidade de gerenciar o processo de
cobrança. Cada um destes processos deve estar apoiado no Sistema de Informações Gerenciais (MIS) apropriado.
Há uma hierarquia de delegação gerencial, com níveis de valores determinados
para a autoridade de aprovação,
atribuídos a profissional de crédito
6.6. Concessão
de Crédito
Concessão de Crédito é o processo pelo qual uma
instituição financeira analisa e aprova a liberação de crédito para uma pessoa
física ou jurídica, na forma de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou
outros instrumentos financeiros.
O processo de concessão de crédito beneficia as
pessoas chamadas de agentes deficitários, permitindo que elas tenham acesso a
recursos financeiros de que precisam e que não estão disponíveis através de sua
fonte de renda.
No caso de uma pessoa que deseja comprar uma casa.
Se ela precisar guardar seu salário até juntar o suficiente para pagar pelo
imóvel,ela pode levar anos antes de conseguir realizar esse objetivo.
Por outro lado, recorrendo à concessão de crédito,
ela pode obter o dinheiro para efetuar a compra agora e, depois, devolvê-lo à
instituição financeira aos poucos.
O mesmo vale para as empresas. É o caso de uma
fábrica que decide expandir os negócios, instalando filiais com novas plantas
em outras cidades. Para pagar essa expansão com os próprios recursos, ela teria
que fragilizar seu caixa, retirando uma quantidade significativa de dinheiro
que poderia fazer falta para manter as operações da sua matriz.
Então, ela solicita uma concessão de crédito a uma
instituição financeira, usa os recursos recebidos para instalar as filiais e,
com o aumento da receita, amortiza a dívida.
Para determinar a concessão de crédito a uma pessoa,
a instituição financeira faz uma análise de risco, com o objetivo de determinar
qual é a probabilidade de que essa pessoa não devolva os valores devidos.
Se a pessoa for física, alguns dos fatores
considerados nessa análise são a média salarial e o tempo registrado em
carteira de trabalho. Se for uma empresa, entram fatores como o seu faturamento
e lucro. Além disso, a instituição financeira também observa se a pessoa,
física ou jurídica, tem histórico de bom pagador - valendo-se de dados como os
do cadastro positivo e negativo, por exemplo.
Quanto maior for o nível de risco, piores são os
termos da concessão de crédito; podem ser aplicados prazos menores e taxas de
juros mais elevadas. Se o risco for superior ao considerado aceitável, a
instituição financeira pode recusar a concessão de crédito.
Um processo rigoroso para autorizar ou negar a
concessão de crédito é necessário para evitar que o sistema financeiro entre em
colapso.
Quando um banco, empresta dinheiro a uma empresa,
esse dinheiro não é do próprio banco; ele é de outras pessoas, que colocaram
seu dinheiro no banco, para guardar ou investir. Se a empresa torna-se
inadimplente, ou seja, não paga o empréstimo, o banco ainda tem a obrigação de
devolver o dinheiro a quem ele realmente pertence.
Por isso, existe um limite de inadimplência que os
bancos podem suportar, antes de ter um problema de liquidez, ou seja, antes que
eles simplesmente não consigam mais devolver o dinheiro aos seus respectivos
“donos”.
Aplicando critérios para determinar a concessão de
crédito, as instituições financeiras diminuem o risco de inadimplência e,
portanto, afastam a possibilidade de um problema de liquidez crítico.
6.7. Como a
política e a economia influenciam a Concessão de Crédito
A maneira como instituições financeiras desenvolvem
a concessão de crédito sofre impactos da situação política e econômica do país.
Por exemplo, em períodos de crise econômica, é comum que a concessão de crédito
seja prejudicada, pois, se existe uma crise, a capacidade para pagar das
pessoas fica reduzida e o risco da concessão torna-se muito mais elevado.
Então, o governo pode implementar medidas
financeiras para mitigar o problema, estimulando a concessão de crédito. As
medidas incentivam as instituições financeiras a eliminar os obstáculos para o
acesso a empréstimos, financiamentos, cartões.
Dessa forma, as pessoas conseguem recursos que são
essenciais, em um período de crise, para manter o nível de consumo da população
e evitar que empresas fechem as portas.
7.Conclusao
Financiamento do projecto pode ser de curto prazo ou
médio e longo prazo, consoante a exigibilidade dos pagamentos e a outros
diversos factores. Existe uma interdependência entre as decisões de
investimento e as decisões de financiamento. A forma de financiamento do
projecto influência a sua rentabilidade, potencia as decisões de investimento.
E que o mercado de crédito envolve uma dupla parte, uma credora e outra
devedora, que normalmente estabelecem uma relação contratual entre si, podendo
ser formal ou informal. Esta situação sugere que uma das partes, a credora
conceda liquidez à outra, mediante um premio de liquidez ou de risco, comumente
intitulado de juros.
8. Referecias
bibliograficas
Universidade Técnica de
Moçambique Faculdade de ciências económicas e sociais , financiamento , Maputo,
Outbro de 2016
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Financeira: Uma
abordagem Introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
LUIS GERALDO MENDONÇA , elementos a serem
considerados na concessão de crédito ao consumidor , Rio de Janeiro 2002
0 comentários:
Enviar um comentário