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Introdução
O presente
trabalho intitulado pronomes relativos tem por objectivo trazer os possíveis
conceitos com as possíveis variáveis e invariáveis, suas formas simples e
compostas, funções sintácticas sobre pronomes relativos, não deixando de lado
os seus antecedentes.
Pronomes relativos
São aqueles
que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se
relacionam.
São chamados relativos porque
se referem regra geral, a um termo anterior - antecede.
Os pronomes relativos
classificam se em:
Variáveis e invariáveis
Variáveis
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Invariáveis
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Masculino
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Feminino
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O qual, os quais
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O qual, as quais
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Que
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Cujo, cujos
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Cujo, cujas
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Quem
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Quanto, quantos
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E quantas
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Onde
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Forma simples e composta
São: que,
quem, cujo, quanto e onde; e forma composta o qual.
Antecedida das proposições ( a
e de) os pronomes ( onde) com elas se aglutina, produzindo as formas onde e
donde.
Exemplos frascos da norma
padrão e emprego no português de Moçambique - Maxixe
Antecedentes do pronome
relativo podem ser:
1 Um substantivo:
Forma padrão: O coqueiro que
plantei está enorme
O trabalho que
apresentei refere se á descriminação.
Português de Moçambique -
Maxixe: O trabalho que se refere a descriminação eu apresentei.
O coqueiro que plantei está
grande.
2 Um pronome:
Forma padrão: Nós que estávamos
presentes ganhamos prémios.
São eles que precisam
de ajuda
Português de Moçambique -
Maxixe: Nós que estávamos presentes naquele dia nós deram prêmios.
São eles que precisam da nossa ajuda.
3 Um adjectivo:
Forma padrão: As folhas verdes
que caíram ontem eram fracas
Os sapatos pretos
que estavam na sala são do Isidro
Português de Moçambique: As
folhas verdes que caíram ontem não tinham forças.
Os sapatos pretos que estavam na sala naquele dia eram de Isidro.
4 Uma oração (em
regra resumida pelo demonstrativo e):
Forma padrão: Hoje aquecerá
muito, o que não é novidade
Ela é muito bonita
bonita, o que não é tão normal.
Função sintáctica sobre pronomes relativos
Os pronomes
relativos assumem um duplo papel no período em que representam um determinado
antecedente e servirem de elo subordinante da oração que iniciam. Por isso, o
contrário das conjunções, que são meros conectores, e não exercem nenhuma
função interna nas orações por elas introduzidas, estes pronomes desempenham sempre
uma função sintáctica nas orações a que pertencem. Podem ser:
1 Sujeito
Quero sentir o sabor, que a
pizza tem
Deves saber, que a vida é
difícil
2 Objecto directo
Lembra - te das coisas que me
fizeste?
Conseguiste fazer tudo que
querias?
Objecto indirecto
Este é o livro de que tanto
precisavas?
O tipo de grupo sanguíneo de
que necessitas é AB?
3 Predicativo
Não sabia quem era no que hoje
sou
Os pronomes relativos quem e
onde podem ser empregados sem antecedente em frases como as seguintes:
Sem antecedentes
Onde fores, irei
Quem procura acha
Relativos indefinidos
Nestes casos
de emprego absoluto dos relativos, muitos gramáticos admitem a existência de antecedente
interno, desenvolvimento para efeito de análise, (quem em aquele que e onde em
no lugar em que). Assim, os exemplos citados se interpretariam.
Ex: Costumas passear em lugares
em que ando.
Àquele que dá amor...
Antecedentes de relativo quanto (s) costuma ser omitido:
Agora, faço quanto penso.
Hoje faço o quanto quero.
Exemplo de texto com alguns pronomes relativos:
Seu amigo, seu grande inimigo
O senhor Jonas era um
agricultor que se dedicava á cultura de hortícolas numa machamba que se situava
perto de um riacho cuja nascente se encontrava num planalto. O riacho de que se
servia para irrigar a sua machamba tornou-se seu inimigo.
O seu leito encheu após três
dias de chuva e transbordou, devorando tudo o que se encontrava próximo das
suas margens. Nem as pedras escapavam, pois foram transportadas para bem longe
dali. A machamba que antes tinha sido motivo de orgulho, tornou se assim, na
coisa mais triste da sua vida.
Regras de comunicação 7ª classe
Simião Muhate, Sandra Mourana, Clementina Massango
Conclusão
Depois de uma
breve abordagem de pronomes relativos conclui-se que são termos ou expressões
que facilitam o entendimento da língua portuguesa em diversas situações. Sua
principal função e de unir duas orações em que há termos repetidos nas duas
para evitar a repetição de termo e tornar a comunicação mais directa ágil.
Referências
bibliográficas
CUNHA, C e CINTRA, L.F.L.Nova Gramática doportuguês Contemporâneo. edição. Lisboa, 2002.
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