Índice
2.1.Conceitos e causas
dos sismos
2.2.Intensidade
sísmica e indumentos de medição
2.3.Funcionamento do
sismógrafo
2.5.Distribuição
Geográfica das regiões sísmicas
2.6.regiões com maior
intensidade sísmica à face da Terra.
3.1.Conceito de vulcão
e causas de erupções vulcânicas
3.2.Estrutura ou
aparelho vulcânico
3.4.Fenómenos
secundários ok vulcanismo
3.6.Distribuição
geográfica das regiões vulcânicas
3.7. Importância dos
sismos e dos vulcões
1.Introdução
Sismologia é o ramo da geofísica que
estuda os terramotos (ou sismos) suas causas e efeitos, a propagação das ondas
de vibração emitidas pelos terramotos, e explosões, por intermédio deles podem
estudar o interior da terra. Desenvolver os presentes temas dando conceitos e
causas dos sismos, intensidade sísmica e indumentos de medição, os
funcionamento do sismógrafo, distribuição geográfica das regiões sísmicas,
regiões com maior intensidade sísmica à face da terra, falar do vulcanismo dar
os conceito de vulcão e causas de erupções vulcânicas, estrutura ou aparelho
vulcânico, fenómenos secundários ok vulcanismo, impacto do vulcanismo,
distribuição geográfica das regiões vulcânicas, importância dos sismos e dos
vulcões, na realização do presente trabalho espera-se alcançar os objectivos
predefinidos.
2.Sismos
2.1.Conceitos e causas
dos sismos
Uma das indicações de que a crusta
terrestre não está completamente estável é a ocorrência de tremores de terra ou
sismos. Os sismos são movimentos bruscos, geralmente de curta duração, muitas
vezes com efeitos desastrosos na superfície terrestre, produzidos pela
libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas. Estas vibrações têm como
principais causas o vulcanismo, os movimentos tectónicos e os desabamentos.
2.2.Intensidade
sísmica e indumentos de medição
Os tremores ou vibrações provocados
pelos sismos propagam-se pelas rochas através das sísmicas. Atendendo à
profundidade a que se situam os respectivos focos, os sismos classificam-se
como superficiais (até aos 70 km), intermédios (entre 70 a 300 km) e profundos
(entre 300 a 700 km), estando estes últimos quase sempre associados às fossas
abissais.
2.3.Funcionamento do
sismógrafo
Os sismógrafos são aparelhos formados
por um corpo pesado (pêndulo) pendente de urna mola, que está preso a um braço
de um suporte fixado num, leito de rochas.
No pêndulo é colocado um equipamento que
emite um raio de luz para um cilindro colocado: na sua frente. O cilindro é
movido por um mecanismo semelhante ao do relógio e possui u papel fotográfico
sensível à luz emitida pelo equipamento situado no pêndulo.
Tabela 1 Escala de Mrcalli
Ondas sísmicas |
Principais características |
Ondas
P ou primárias |
Originam-se
no hipocentro e são de pequena amplitude, mas a sua velocidade aumenta com a
profundidade, sendo as primeiras a atingir a superfície terrestre, Designam
se também por ondas de compressão ou longitudinais. Propagam-se tanto em
meios sólidos como em meios líquidos. |
Ondas
S ou secundárias |
Tem
origem no hipocentro, permitindo uma amplitude superior as ondas P, mas a sua
velocidade de propagação é inferior as ondas P. são designadas também por
ondas transversais ou de cisalhamento e propagam-se apenas em meios sólidos. |
Ondas
Lou love |
São
ondas superficiais, ou seja, propagam-se a superfície do globo (Plano
Horizontal) a partir do epicentro. São ondas de grande amplitude, de
velocidade sensivelmente constante, mas a sua velocidade é menor do que a das
ondas P ou S. |
2.4.Consequências
ou efeitos dos sismos
Existem varias escalas de intensidade
sistémica, entre as quais se destacam a de Rossi-Forel (em uso a partir de
1883) e a de Mercalli ( a partir de 1992), sendo esta ultima a mais usada,
devido a sua simplicidade.
Escala -grau |
Consequências ou efeitos |
I
— imperceptível |
Detectado
e registado apenas por sismógrafos. |
II
— muito fraco |
Sentido
por certas pessoas em completo repouso. Os objectos localizados em andares
superiores dos edifícios oscilam. |
III
- fraco |
Sentido
por poucas pessoas e em geral durante a noite. Os objectos estão parados,
como os carros, podem deslocar-se. |
IV
- médio |
Ao
ar livre é sentido por poucas pessoas; no interior das casas algumas pessoas
que estão em repouso acordam, a loiça entrechoca-se e o chão e as portas
rangem. |
V
— pouco forte |
A
maioria das pessoas sente-o. Os móveis deslocam-se, os candeeiros de tecto
oscilam, os pêndulos dos relógios param, os líquidos entornam-se e as portas
e as janelas partem-se. |
VI
— forte |
Sentido
por todas as pessoas. A mobília desloca-se, os livros caem das estantes, a
loiça parte-se e o estuque das paredes cai. |
VII
— muito forte |
As
pessoas entram em estado de pânico. Abrem-se fendas nos edifícios de
estruturas fracas, as paredes das habitações esburacam-se, partem-se os
vidros e as janelas. É sentido nos carros em movimento. Formam-se ondas nos
rios e lagos e as suas águas tornam-se turvas. |
VIII
- destruidor |
Alarme
geral, todas as pessoas entram em pânico e fogem das suas habitações.
Abrem-se enormes fendas nas paredes das casas, os móveis pesados são
projectados com violência, as estátuas caem ou rodam sobre a sua base, as
árvores oscilam fortemente e ocorrem deslizamentos em vertentes. |
IX
- ruinoso |
Pânico
total entre as pessoas. Destruição total ou parcial das habitações, grande
número de vítimas sobre os escombros. |
X
- desastroso |
As
estruturas dos edifícios ficam totalmente destruídas, os carris torcidos, as
pontes ruem, abrem-se fendas no chão ou pavimento e as condutas de água e gás
rompem-se. Formam-se nos rios e lagos ondas gigantes e verificam-desprendimentos
de terra. |
XI
- muito desastroso |
Não
fica de pé nenhum edifício. As pontes, as estradas e os diques são
destruídos. As linhas férreas ficam completamente torcidas e registam-se
levantamentos e abatimentos do terreno, Danos humanos e materiais
incalculáveis. |
XII
– catastrófico |
Todas
as paisagens naturais e humanizadas ficam destruídas. Surgem grandes falhas,
verificam-se deslocamentos de terra, os rios são desviados do seu curso, os
lagos desaparecem e formam-se outros. |
2.5.Distribuição
Geográfica das regiões sísmicas
Os sismos não se distribuem
uniformemente por toda a superfície terrestre, concentrando-se antes em faixas
de extensão e largura variáveis. Estas faixas seguem sensivelmente as zonas de
contacto das placas tectónicas.
2.6.regiões com maior
intensidade sísmica à face da Terra.
Tabela 2 zonas de intensa
actividade sísmica no Globo
|
|
Zona
sísmica Localização/Descrição Zona circumpacífica ou anel de fogo do Pacífico |
Corresponde
a uma longa e estreita faixa que rodeia o oceano Pacífico, onde os abalos
sísmicos são extremamente numerosos. Abrange a parte ocidental da América do
Sul (Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia), a América Central (México), a
América do Norte (Califórnia, o Sul do Alasca, as ilhas Aleútas e as ilhas
Curilhas), o arquipélago do Japão, as Filipinas, a Indonésia, a Nova
Zelândia, a Nova Guiné e muitas outras ilhas que bordejam o Pacífico. Mais de
80% da energia sísmica é libertada nesta região do Globo. |
Zona
Mesogea ou a Faixa Himalaia-Alpina |
É
uma zona mais larga, comparada com a anterior Engloba todo o sistema
Hírnalaio-Alpino. Estende-se a partir da Península Ibérica e do Norte de
África. Afecta a faixa do Mediterrâneo (Argélia, Itália, Grécia e Turquia),
Irão, Afeganistão, Paquistão, Tibete, Birmânia até à Indonésia, onde se liga
à zona circumpacífica. |
Zona
da crista central do Atlântico |
Estende-se
desde a Península Ibérica até ao arquipélago dos Açores. Estabelece ligação
com a zona Mesogea. |
Zona
do Vale do Rift ou Rift VoIley (África Oriental) |
Corresponde
à zona de fracturas do Vale do Rift. Nesta zona, e ainda noutras de menor
importância, liberta-se apenas 5% da energia sísmica. |
2.7.Tipos de sismos
Existem vários tipos de sismos, entre os
quais podemos mencionar:
Ø Sismos de origem tectónica:
são associados a falhas tectónicas, que normalmente ocorrem pelo movimento e interacção
das placas tectónicas. São os mais abundantes e também tem as maiores
magnitudes, além de ocorrer em profundidades desde muito próximas à superfície
da Terra até mais de 600 km de profundidade.
Ø Sismos de origem
vulcânica: estão associados às erupções
vulcânicas, podem atingir grandes magnitudes, porém tem seus focos
relativamente superficiais (da ordem poucos km até poucas dezenas de km).
Ø Sismos de origem
secundária: são provocados normalmente pela
acomodação de estratos superficiais, que provocam deslizamentos e afundamentos
do solo.
Ø Sismos induzidos:
são sismos de origem secundária ou tectónicos disparados pela acção do homem.
3.Vulcanismo
3.1.Conceito de vulcão
e causas de erupções vulcânicas
Vulcanismo é o processo que permite e
provoca a ascensão de material magnético do interior da terra ate a litosfera.
Um vulcão é uma abertura da crusta
terrestre, pela qual extravasam, vindos do interior da terra, materiais fundidos
– a lava vulcânica, para além de cinzas, gases e fragmentos.
O magma é uma massa que se encontra no
interior do Globo, em estado de fusão, e é constituído por material rochoso
fundido e por uma percentagem variável de vapor de água e gases diversos
3.2.Estrutura ou
aparelho vulcânico
O aparelho natural de evacuação ou
«ejaculação» do material ígneo de origem interna designa-se por aparelho
vulcânico, que, na sua forma mais simples, corresponde à figura seguinte.
Observando atentamente a figura, pode concluir-se que um aparelho vulcânico
simples possui os seguintes elementos:
a) Edifício
vulcânico — releva mais ou menos elevado, quase sempre de forma cónica (cone
vulcânico), resultante da acumulação dos materiais expelidos do interior do
Globo.
b) Chaminé
— abertura (fissura ou fenda) por onde ascende o magma, geralmente de forma
tubular ou cilíndrica, com vários quilómetros de comprimento.
c)
Cratera — depressão de forma aproximadamente
circular, situada na parte superior da chaminé, onde as lavas se acumulam e por
onde as mesmas extravasam para os flancos do edifício vulcânico.
d)
Câmara magmática — depósito do magma no interior da
Terra; encontra-se em comunicação com o exterior através da chaminé.
3.3.Tipos
de actividade vulcânica
Com base no carácter efusivo ou explosivo
das emissões, podemos identificar quatro tipos de mesmo vulcânica, o que não
significa, de modo algum, quatro tipos de vulcões, porque o vulcão pode possuir
períodos de actividade eruptiva diferentes.
Tipos
de actividade vulcânica |
Descrição |
Havaiano |
De
tipo efusivo, caracteriza-se pela emissão tranquila de lavas abundantes e
fluida, raramente ocorrendo explosões ou projecção. Os cones vulcânicos
havaianos, porque foram edificados por lavas muito fluidas, são baixos. |
Estromboliano |
Designação
devida ao vulcão Stromboli (situado numa das ilhas de Liparí, a norte da
Sicília). E essencialmente de tipo efusivo. A lava é menos fluida e mais rica
em gases do que a de tipo havaiano. |
Vulcânico |
Deve
o seu nome ao vulcão Vulcano, situado na parte meridional da ilha Lipari.
Material lávico bastante viscoso, solidificando rapidamente na cratera e
sobre a chaminé, formando um tampão e Icasionanc4erupções explosivas e
violentas. |
Peleano |
O
termo deriva do vulcão da Montanha Pelada, na Martinica-Antilhas. É
igualmente de tipo explosivo, tal como VulcaniantV a sua lava é de elevada
viscosidade e de solidificação muito rápida. |
3.4.Fenómenos
secundários ok vulcanismo
O vulcanismo não se resume apenas à
emissão efusiva ou explosiva de material lávico. Nos períodos de calmaria entre
duas fases activas, o vulcanismo pode continuar a manifestar-se sob diversas
formas (ditas secundárias ou residuais), das quais se destacam: as fumarolas,
os géiseres e as nascentes termais.
Manifestações Secundarias de vulcanismo |
Descrição |
Fumorolas |
São
emanações contínuas, regulares e mais ou menos silenciosas de vapor de água e
gases diversos, que se escapam por pequenas aberturas do solo que se
encontram em contacto com zonas mais ou menos profundas e bastante quentes,
pois as temperaturas oscilam entre os 100 e os 300 °C. Considerando a
predominância dos produtos gasosos libertados, encontramos dois tipos de
fumarolas: as sulfataras e as mofetas. |
Géiseres |
São
emissões contínuas de água muito quente. Se o percurso for suficientemente
longo, o vapor de água arrefece e perde calor, por condução, nas rochas
vizinhas. |
Nascentes
termais |
São
emissões de água e vapor muito quente. A sua periodicidade varia de alguns
minutos a alguns dias e a sua altura atinge os 80 metros. São frequentes na
Islândia, na Nova Zelândia e nos Estados.Unidos da América (Parque Nacional
de Yellowstone). |
3.5.Impacto do
vulcanismo
A actividade vulcânica está associada a
um conjunto de riscos e de benefícios com impacto na Natureza e no nosso
quotidiano. A erupção de um vulcão pode resultar num desastre natural, por
vezes com consequências Planetárias.
As áreas que rodeiam os vulcões são
geralmente compostas por solos bastante férteis para a agricultura e podem ter
impactos económicos importantes. O turismo de aventura leva as pessoas a
visitar vulcões, como é caso cio Vesúvio (em Itália), do Kilauea (no Hawai), do
Fuji (no Japão), do Kilimanjaro (na Tanzânia), entre outros. Outro impacto
positivo dos vulcões é a energia geotérmica que as manifestações secundárias de
vulcanismo podem gerar.
3.6.Distribuição
geográfica das regiões vulcânicas
Uma observação cuidada do mapa da figura
35 mostra que as grandes áreas vulcânicas da Terra coincidem, grosso modo, com
as grandes áreas sísmicas. Mais ainda, confrontando este mapa com o mapa da
figura 25, rapidamente se conclui que as mesmas correspondem às zonas de grande
instabilidade tectónica, associadas aos bordos das placas, dando, por
conseguinte, uma visão geral sobre a tectónica das placas e os fenómenos
geológicos e geofísicos a ela associados.
Áreas
vulcânicas |
Descrição |
Anel
de fogo do Pacífico |
É
a maior e mais importante faixa vulcânica do mundo. Nela se localizam cerca
de 500 dos 800 vulcões actualmente activos, além de uma enorme quantidade de
vulcões adormecidos e extintos. Abrange as ilhas Aleútas, o Alasca, as
Montanhas Rochosas, o México e a América Central, as Antilhas, a cordilheira
dos Andes, a Nova Zelândia, as ilhas Fiji, ilhas Salomão, Filipinas, Japão,
as ilhas do Havai e a península de Kamchatka. |
Faixa
Himalaio-Alpina |
Engloba
as marns do Mediterrâneo, nomeadamente a cordilheira do Atlas, no Norte de
África, a Itália continental e insular (vulcões Etna, Vesúvio, Vulcano,
Strombolí), a Grécia e as ilhas do mar Egeu, a Ásia Menor, o Cáucaso, o Irão,
a Indonésia e o Decão, na Índia. |
Zona
da Crista Central do Atlântico |
Situada
nas zonas de divergência entre a placa Africana e a Sul-Americana, por um
lado, e entre a placa Eurasiática e a Norte-Americana, por outro. Inclui o
Árctico, a Islândia, a Irlanda, a Escócia, os Açores, as Canárias e muitas
outras ilhas vulcânicas do Pacífico Sul. |
Zona
da África Oriental e do Médio Oriente |
Em
África, domina a faixa vulcânica ligada às grandes fossas tectónicas, como os
montes Kilimanjaro, Quénia e Ruwenzori, e ainda as ilhas Comores, Madagáscar,
Reunião e Maurícias. No Médio Oriente, destaca-se a Arábia e o Líbano. |
3.7. Importância dos
sismos e dos vulcões
A actividade sísmica permite estabelecer
um equilíbrio de forças na Terra, através da dissipação das tensões que se vão acumulando
ao longo dos tempos.
Os movimentos sísmicos aceleram as
transformações morfológicas da superfície terrestre, criando novas fendas e
novas formas de relevo, deslocando blocos e rejuvenescendo normalmente o
aspecto do Globo (Nanjolo & Abdul, 2002).
Por exemplo, devido à actividade
vulcânica, por vezes formam-se minerais e pedras preciosas, como é o caso dos
diamantes de Kimberley, na África do Sul.
4.Conclusão
Concluí-se que, os terramotos também
conhecidos como abalos sísmicos, são tremores que se manifestam na crosta
terrestre, a mais externa das camadas da terra. Existem dois tipos de sismos:
os de origem natural e os induzidos. As maiorias dos sismos são de origem
natural da terra, chamados de sismos tectónicos. As consequências de um
terramoto são: vibração do solo, abertura de falhas, deslizamento de terra,
tsunamis, mudanças na rotação da terra. Vulcão é uma estrutura geológica em terra
ou no mar, por onde extravasa magma, uma massa de rocha fundida de alta
temperatura, constituída em grande parte de silicatos, misturados com vapor de
água e gás. Essa
estrutura comunica-se com uma câmara subterrânea profunda, onde o magma fica
armazenado, a câmara magmática.
5.Referências bibliográficas
MANSO, Francisco
Jorge, Geraldo Cardoso, Livro de Geografia 11 classe Pré-universitário, Logman Moçambique.
Maputo, 2015.
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