terça-feira, 13 de setembro de 2022

Sismos & Vulcanismo

 

Índice

1.Introdução. 3

2.Sismos. 4

2.1.Conceitos e causas dos sismos. 4

2.2.Intensidade sísmica e indumentos de medição. 4

2.3.Funcionamento do sismógrafo. 4

2.5.Distribuição Geográfica das regiões sísmicas. 7

2.6.regiões com maior intensidade sísmica à face da Terra. 8

3.Vulcanismo. 8

3.1.Conceito de vulcão e causas de erupções vulcânicas. 8

3.2.Estrutura ou aparelho vulcânico. 9

3.4.Fenómenos secundários ok vulcanismo. 10

3.5.Impacto do vulcanismo. 12

3.6.Distribuição geográfica das regiões vulcânicas. 12

3.7. Importância dos sismos e dos vulcões. 14

4.Conclusão. 15

5.Referências bibliográficas. 16

 

 

 

 

 

 

 

1.Introdução

Sismologia é o ramo da geofísica que estuda os terramotos (ou sismos) suas causas e efeitos, a propagação das ondas de vibração emitidas pelos terramotos, e explosões, por intermédio deles podem estudar o interior da terra. Desenvolver os presentes temas dando conceitos e causas dos sismos, intensidade sísmica e indumentos de medição, os funcionamento do sismógrafo, distribuição geográfica das regiões sísmicas, regiões com maior intensidade sísmica à face da terra, falar do vulcanismo dar os conceito de vulcão e causas de erupções vulcânicas, estrutura ou aparelho vulcânico, fenómenos secundários ok vulcanismo, impacto do vulcanismo, distribuição geográfica das regiões vulcânicas, importância dos sismos e dos vulcões, na realização do presente trabalho espera-se alcançar os objectivos predefinidos.

 

 

2.Sismos

2.1.Conceitos e causas dos sismos

Uma das indicações de que a crusta terrestre não está completamente estável é a ocorrência de tremores de terra ou sismos. Os sismos são movimentos bruscos, geralmente de curta duração, muitas vezes com efeitos desastrosos na superfície terrestre, produzidos pela libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas. Estas vibrações têm como principais causas o vulcanismo, os movimentos tectónicos e os desabamentos.

2.2.Intensidade sísmica e indumentos de medição

Os tremores ou vibrações provocados pelos sismos propagam-se pelas rochas através das sísmicas. Atendendo à profundidade a que se situam os respectivos focos, os sismos classificam-se como superficiais (até aos 70 km), intermédios (entre 70 a 300 km) e profundos (entre 300 a 700 km), estando estes últimos quase sempre associados às fossas abissais.

2.3.Funcionamento do sismógrafo

Os sismógrafos são aparelhos formados por um corpo pesado (pêndulo) pendente de urna mola, que está preso a um braço de um suporte fixado num, leito de rochas.

No pêndulo é colocado um equipamento que emite um raio de luz para um cilindro colocado: na sua frente. O cilindro é movido por um mecanismo semelhante ao do relógio e possui u papel fotográfico sensível à luz emitida pelo equipamento situado no pêndulo.

Tabela 1 Escala de Mrcalli

Ondas sísmicas

Principais características

Ondas P ou primárias

Originam-se no hipocentro e são de pequena amplitude, mas a sua velocidade aumenta com a profundidade, sendo as primeiras a atingir a superfície terrestre,

Designam se também por ondas de compressão ou longitudinais. Propagam-se tanto em meios sólidos como em meios líquidos.

Ondas S ou secundárias

Tem origem no hipocentro, permitindo uma amplitude superior as ondas P, mas a sua velocidade de propagação é inferior as ondas P. são designadas também por ondas transversais ou de cisalhamento e propagam-se apenas em meios sólidos.

Ondas Lou love

São ondas superficiais, ou seja, propagam-se a superfície do globo (Plano Horizontal) a partir do epicentro. São ondas de grande amplitude, de velocidade sensivelmente constante, mas a sua velocidade é menor do que a das ondas P ou S.

 

2.4.Consequências ou efeitos dos sismos

Existem varias escalas de intensidade sistémica, entre as quais se destacam a de Rossi-Forel (em uso a partir de 1883) e a de Mercalli ( a partir de 1992), sendo esta ultima a mais usada, devido a sua simplicidade.

Escala -grau

Consequências ou efeitos

I — imperceptível

 

Detectado e registado apenas por sismógrafos.

II — muito fraco

Sentido por certas pessoas em completo repouso. Os objectos localizados em andares superiores dos edifícios oscilam.

 

III - fraco

 

Sentido por poucas pessoas e em geral durante a noite. Os objectos estão parados, como os carros, podem deslocar-se.

IV - médio

Ao ar livre é sentido por poucas pessoas; no interior das casas algumas pessoas que estão em repouso acordam, a loiça entrechoca-se e o chão e as portas rangem.

 

V — pouco forte

A maioria das pessoas sente-o. Os móveis deslocam-se, os candeeiros de tecto oscilam, os pêndulos dos relógios param, os líquidos entornam-se e as portas e as janelas partem-se.

 

VI — forte

 

Sentido por todas as pessoas. A mobília desloca-se, os livros caem das estantes, a loiça parte-se e o estuque das paredes cai.

 

VII — muito forte

 

As pessoas entram em estado de pânico. Abrem-se fendas nos edifícios de estruturas fracas, as paredes das habitações esburacam-se, partem-se os vidros e as janelas. É sentido nos carros em movimento. Formam-se ondas nos rios e lagos e as suas águas tornam-se turvas.

 

VIII - destruidor

 

Alarme geral, todas as pessoas entram em pânico e fogem das suas habitações. Abrem-se enormes fendas nas paredes das casas, os móveis pesados são projectados com violência, as estátuas caem ou rodam sobre a sua base, as árvores oscilam fortemente e ocorrem deslizamentos em vertentes.

 

IX - ruinoso

 

Pânico total entre as pessoas. Destruição total ou parcial das habitações, grande número de vítimas sobre os escombros.

 

X - desastroso

 

As estruturas dos edifícios ficam totalmente destruídas, os carris torcidos, as pontes ruem, abrem-se fendas no chão ou pavimento e as condutas de água e gás rompem-se. Formam-se nos rios e lagos ondas gigantes e verificam-desprendimentos de terra.

 

XI - muito desastroso

 

Não fica de pé nenhum edifício. As pontes, as estradas e os diques são destruídos. As linhas férreas ficam completamente torcidas e registam-se levantamentos e abatimentos do terreno, Danos humanos e materiais incalculáveis.

XII – catastrófico

 

Todas as paisagens naturais e humanizadas ficam destruídas. Surgem grandes falhas, verificam-se deslocamentos de terra, os rios são desviados do seu curso, os lagos desaparecem e formam-se outros.

 

2.5.Distribuição Geográfica das regiões sísmicas

Os sismos não se distribuem uniformemente por toda a superfície terrestre, concentrando-se antes em faixas de extensão e largura variáveis. Estas faixas seguem sensivelmente as zonas de contacto das placas tectónicas.

2.6.regiões com maior intensidade sísmica à face da Terra.

Tabela 2 zonas de intensa actividade sísmica no Globo

 

 

Zona sísmica Localização/Descrição Zona circumpacífica ou anel de fogo do Pacífico

Corresponde a uma longa e estreita faixa que rodeia o oceano Pacífico, onde os abalos sísmicos são extremamente numerosos. Abrange a parte ocidental da América do Sul (Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia), a América Central (México), a América do Norte (Califórnia, o Sul do Alasca, as ilhas Aleútas e as ilhas Curilhas), o arquipélago do Japão, as Filipinas, a Indonésia, a Nova Zelândia, a Nova Guiné e muitas outras ilhas que bordejam o Pacífico. Mais de 80% da energia sísmica é libertada nesta região do Globo.

Zona Mesogea ou a Faixa Himalaia-Alpina

É uma zona mais larga, comparada com a anterior Engloba todo o sistema Hírnalaio-Alpino. Estende-se a partir da Península Ibérica e do Norte de África. Afecta a faixa do Mediterrâneo (Argélia, Itália, Grécia e Turquia), Irão, Afeganistão, Paquistão, Tibete, Birmânia até à Indonésia, onde se liga à zona circumpacífica.

Zona da crista central do Atlântico

Estende-se desde a Península Ibérica até ao arquipélago dos Açores. Estabelece ligação com a zona Mesogea.

Zona do Vale do Rift ou Rift VoIley (África Oriental)

Corresponde à zona de fracturas do Vale do Rift. Nesta zona, e ainda noutras de menor importância, liberta-se apenas 5% da energia sísmica.

 

 

2.7.Tipos de sismos

Existem vários tipos de sismos, entre os quais podemos mencionar:

Ø  Sismos de origem tectónica: são associados a falhas tectónicas, que normalmente ocorrem pelo movimento e interacção das placas tectónicas. São os mais abundantes e também tem as maiores magnitudes, além de ocorrer em profundidades desde muito próximas à superfície da Terra até mais de 600 km de profundidade.

Ø  Sismos de origem vulcânica: estão associados às erupções vulcânicas, podem atingir grandes magnitudes, porém tem seus focos relativamente superficiais (da ordem poucos km até poucas dezenas de km).

Ø  Sismos de origem secundária: são provocados normalmente pela acomodação de estratos superficiais, que provocam deslizamentos e afundamentos do solo.

Ø  Sismos induzidos: são sismos de origem secundária ou tectónicos disparados pela acção do homem.

3.Vulcanismo

3.1.Conceito de vulcão e causas de erupções vulcânicas

Vulcanismo é o processo que permite e provoca a ascensão de material magnético do interior da terra ate a litosfera.

Um vulcão é uma abertura da crusta terrestre, pela qual extravasam, vindos do interior da terra, materiais fundidos – a lava vulcânica, para além de cinzas, gases e fragmentos.

O magma é uma massa que se encontra no interior do Globo, em estado de fusão, e é constituído por material rochoso fundido e por uma percentagem variável de vapor de água e gases diversos

3.2.Estrutura ou aparelho vulcânico

O aparelho natural de evacuação ou «ejaculação» do material ígneo de origem interna designa-se por aparelho vulcânico, que, na sua forma mais simples, corresponde à figura seguinte. Observando atentamente a figura, pode concluir-se que um aparelho vulcânico simples possui os seguintes elementos:

a) Edifício vulcânico — releva mais ou menos elevado, quase sempre de forma cónica (cone vulcânico), resultante da acumulação dos materiais expelidos do interior do Globo.

b) Chaminé — abertura (fissura ou fenda) por onde ascende o magma, geralmente de forma tubular ou cilíndrica, com vários quilómetros de comprimento.

c) Cratera — depressão de forma aproximadamente circular, situada na parte superior da chaminé, onde as lavas se acumulam e por onde as mesmas extravasam para os flancos do edifício vulcânico.

d) Câmara magmática — depósito do magma no interior da Terra; encontra-se em comunicação com o exterior através da chaminé.

3.3.Tipos de actividade vulcânica

Com base no carácter efusivo ou explosivo das emissões, podemos identificar quatro tipos de mesmo vulcânica, o que não significa, de modo algum, quatro tipos de vulcões, porque o vulcão pode possuir períodos de actividade eruptiva diferentes.

Tipos de actividade vulcânica

 

Descrição

Havaiano

De tipo efusivo, caracteriza-se pela emissão tranquila de lavas abundantes e fluida, raramente ocorrendo explosões ou projecção. Os cones vulcânicos havaianos, porque foram edificados por lavas muito fluidas, são baixos.

 

Estromboliano

Designação devida ao vulcão Stromboli (situado numa das ilhas de Liparí, a norte da Sicília). E essencialmente de tipo efusivo. A lava é menos fluida e mais rica em gases do que a de tipo havaiano.

Vulcânico

Deve o seu nome ao vulcão Vulcano, situado na parte meridional da ilha Lipari. Material lávico bastante viscoso, solidificando rapidamente na cratera e sobre a chaminé, formando um tampão e Icasionanc4erupções explosivas e violentas.

Peleano

O termo deriva do vulcão da Montanha Pelada, na Martinica-Antilhas. É igualmente de tipo explosivo, tal como VulcaniantV a sua lava é de elevada viscosidade e de solidificação muito rápida.

 

3.4.Fenómenos secundários ok vulcanismo

O vulcanismo não se resume apenas à emissão efusiva ou explosiva de material lávico. Nos períodos de calmaria entre duas fases activas, o vulcanismo pode continuar a manifestar-se sob diversas formas (ditas secundárias ou residuais), das quais se destacam: as fumarolas, os géiseres e as nascentes termais.

Manifestações

Secundarias de vulcanismo

Descrição

Fumorolas

São emanações contínuas, regulares e mais ou menos silenciosas de vapor de água e gases diversos, que se escapam por pequenas aberturas do solo que se encontram em contacto com zonas mais ou menos profundas e bastante quentes, pois as temperaturas oscilam entre os 100 e os 300 °C. Considerando a predominância dos produtos gasosos libertados, encontramos dois tipos de fumarolas: as sulfataras e as mofetas.

Géiseres

São emissões contínuas de água muito quente. Se o percurso for suficientemente longo, o vapor de água arrefece e perde calor, por condução, nas rochas vizinhas.

Nascentes termais

São emissões de água e vapor muito quente. A sua periodicidade varia de alguns minutos a alguns dias e a sua altura atinge os 80 metros. São frequentes na Islândia, na Nova Zelândia e nos Estados.Unidos da América (Parque Nacional de Yellowstone).

 

 

3.5.Impacto do vulcanismo

A actividade vulcânica está associada a um conjunto de riscos e de benefícios com impacto na Natureza e no nosso quotidiano. A erupção de um vulcão pode resultar num desastre natural, por vezes com consequências Planetárias.

As áreas que rodeiam os vulcões são geralmente compostas por solos bastante férteis para a agricultura e podem ter impactos económicos importantes. O turismo de aventura leva as pessoas a visitar vulcões, como é caso cio Vesúvio (em Itália), do Kilauea (no Hawai), do Fuji (no Japão), do Kilimanjaro (na Tanzânia), entre outros. Outro impacto positivo dos vulcões é a energia geotérmica que as manifestações secundárias de vulcanismo podem gerar.

3.6.Distribuição geográfica das regiões vulcânicas

Uma observação cuidada do mapa da figura 35 mostra que as grandes áreas vulcânicas da Terra coincidem, grosso modo, com as grandes áreas sísmicas. Mais ainda, confrontando este mapa com o mapa da figura 25, rapidamente se conclui que as mesmas correspondem às zonas de grande instabilidade tectónica, associadas aos bordos das placas, dando, por conseguinte, uma visão geral sobre a tectónica das placas e os fenómenos geológicos e geofísicos a ela associados.

Áreas vulcânicas

 

Descrição

 

Anel de fogo do Pacífico

 

É a maior e mais importante faixa vulcânica do mundo. Nela se localizam cerca de 500 dos 800 vulcões actualmente activos, além de uma enorme quantidade de vulcões adormecidos e extintos. Abrange as ilhas Aleútas, o Alasca, as Montanhas Rochosas, o México e a América Central, as Antilhas, a cordilheira dos Andes, a Nova Zelândia, as ilhas Fiji, ilhas Salomão, Filipinas, Japão, as ilhas do Havai e a península de Kamchatka.

 

Faixa Himalaio-Alpina

 

Engloba as marns do Mediterrâneo, nomeadamente a cordilheira do Atlas, no Norte de África, a Itália continental e insular (vulcões Etna, Vesúvio, Vulcano, Strombolí), a Grécia e as ilhas do mar Egeu, a Ásia Menor, o Cáucaso, o Irão, a Indonésia e o Decão, na Índia.

 

Zona da Crista Central do Atlântico

Situada nas zonas de divergência entre a placa Africana e a Sul-Americana, por um lado, e entre a placa Eurasiática e a Norte-Americana, por outro. Inclui o Árctico, a Islândia, a Irlanda, a Escócia, os Açores, as Canárias e muitas outras ilhas vulcânicas do Pacífico Sul.

 

Zona da África Oriental e do Médio Oriente

 

Em África, domina a faixa vulcânica ligada às grandes fossas tectónicas, como os montes Kilimanjaro, Quénia e Ruwenzori, e ainda as ilhas Comores, Madagáscar, Reunião e Maurícias. No Médio Oriente, destaca-se a Arábia e o Líbano.

3.7. Importância dos sismos e dos vulcões

A actividade sísmica permite estabelecer um equilíbrio de forças na Terra, através da dissipação das tensões que se vão acumulando ao longo dos tempos.

Os movimentos sísmicos aceleram as transformações morfológicas da superfície terrestre, criando novas fendas e novas formas de relevo, deslocando blocos e rejuvenescendo normalmente o aspecto do Globo (Nanjolo & Abdul, 2002).

Por exemplo, devido à actividade vulcânica, por vezes formam-se minerais e pedras preciosas, como é o caso dos diamantes de Kimberley, na África do Sul.

 

 

 

 

4.Conclusão

Concluí-se que, os terramotos também conhecidos como abalos sísmicos, são tremores que se manifestam na crosta terrestre, a mais externa das camadas da terra. Existem dois tipos de sismos: os de origem natural e os induzidos. As maiorias dos sismos são de origem natural da terra, chamados de sismos tectónicos. As consequências de um terramoto são: vibração do solo, abertura de falhas, deslizamento de terra, tsunamis, mudanças na rotação da terra. Vulcão é uma estrutura geológica em terra ou no mar, por onde extravasa magma, uma massa de rocha fundida de alta temperatura, constituída em grande parte de silicatos, misturados com vapor de água e gás. Essa estrutura comunica-se com uma câmara subterrânea profunda, onde o magma fica armazenado, a câmara magmática.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5.Referências bibliográficas

 

MANSO, Francisco Jorge, Geraldo Cardoso, Livro de Geografia 11 classe Pré-universitário, Logman Moçambique. Maputo, 2015.

 

 

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