segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

comunicação - Diferença entre linguagem e fala

 Introdução

comunicação é um meio pelo qual o indivíduo recebe e expressa a linguagem, sendo um elemento essencial para a socialização e integração na comunidade. Portanto, os distúrbios da comunicação causam impacto direto sobre a vida social da criança e sobre o sucesso acadêmico e ocupacional, sendo reconhecidos como importantes questões de saúde pública. Os distúrbios da comunicação constituem algumas das doenças infantis mais prevalentes, manifestando-se como atraso ou desenvolvimento atípico envolvendo componentes funcionais da audição, fala e/ou linguagem em níveis variados de gravidade. Na maioria das vezes esses distúrbios são percebidos pelos pais, que referem que a criança tem dificuldade para falar ou que não fala, é dificilmente compreendida, incapaz de dizer alguns sons corretamente ou que gagueja. Sabe-se, por exemplo, que crianças com atraso no desenvolvimento da linguagem irão apresentar, na idade escolar, importantes e persistentes anormalidades neuropsicológicas, entre elas os transtornos específicos de aprendizagem.

É importante perceber o que é retardo oral de modo entender melhor as suas consequencias e seu impacto no processo de ensino, seja como pai ou preofessor.

Para melhor explicar sobre o retardo oral abordamos a diferença entre fala e linguagem, o conceito do retardo oral, tipos de retardo oral, causas do retardo oral e cuidados a ter com a voz.

Diferença entre linguagem e fala

Antes de desenvolver sobre o retardo oral é importante estabelecer uma diferença entre a linguagem e a fala. Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. Porém Andrade citado Letícia Piment no seu artigo (Distúrbios da fala e da linguagem na  infância) elabora  detalhadamente o conceito dizendo que  linguagem é o sistema simbólico usado para representar os significados em uma cultura, abrangendo seis componentes: fonologia (sons da língua), prosódia (entonação), sintaxe (organização das palavras na frase), morfologia (formação e classificação das palavras), semântica (vocabulário) e pragmática (uso da linguagem). Enquanto a fala é o canal que viabiliza a expressão da linguagem e corresponde à realização motora da linguagem. Em outras palavras, a linguagem significa trocar informações (receber e transmitir) de forma efetiva, enquanto que a fala refere-se basicamente à maneira de articular os sons na palavra (incluindo a produção vocal e a fluência).


Retardo oral ou atraso de linguagem

O retardo oral não tem para todos a mesma origem, a mesma evolução. Retardo oral ou atraso de linguagem misturam-se problemas diversos em sua expressão, origem e gravidade (Airmard, 1998). Crianças com atraso de linguagem, não apresentam necessariamente o mesmo problema ou as mesmas dificuldades. Algumas não irão precisar de atendimento terapêutico específico e apenas com orientações aos pais, poderão superar o atraso. Outras necessitarão de atendimento terapêutico para superarem suas dificuldades e por outro lado, outras, mesmo com atendimento, não conseguirão superar totalmente as dificuldades que poderão persistir até a idade adulta.

Um outro aspecto, que também na linguagem poderão apresentar futuramente dificuldades acadêmicas, por isso, o diagnóstico e é desconhecido por muitos pais e até por profissionais da área, é que a linguagem oral está diretamente relacionada à aprendizagem. Crianças que apresentaram problemas ou dificuldades o tratamento precoce são fundamentais.


Causas de retardo oral

As etiologias das alterações da linguagem e da fala podem envolver aspectos genéticos, degenerativos, lesionais, ambientais e/ou emocionais. Alguns autores classificam os transtornos com base em dois tipos de fatores que podem alterar e incidir desfavoravelmente na evolução da comunicação e da linguagem:

Fatores orgânicos, sejam eles genéticos, neurológicos ou anatômicos e fatores emocionais. Entretanto, outros autores consideram que a diferenciação entre os transtornos de etiologia orgânica e psicológica pode resultar mais útil no adulto, embora ambos os tipos de fatores devam ser considerados de forma integrada. Na criança essa diferenciação está ultrapassada, já que o efeito de qualquer fator orgânico ou psicológico tem repercussões sobre o conjunto de processos de ordem psicológica que constituem a aquisição e o desenvolvimento da linguagem. .

Tipos de Transtornos de Linguagem

Os transtornos que interferem na comunicação do indivíduo, podem estar relacionados à fala, à linguagem, à audição ou à voz.

Letícia Piment cita também Ardouin para falar dos tipos de linguagem, onde classifica em quatro (4).


Dislalia

Normalmente até os 6 anos de idade, a maioria dos sons da fala já está adquirida. A dislalia ou transtorno específico de articulação da fala corre quando a aquisição dos sons da fala pala criança está atrasada ou desviada, levando a:

·         má articulação e conseqüente dificuldade para que os outros a entendam;

·         omissões, distorções ou substituições dos sons da fala;

·         inconsistência na coocorrência de sons (isto é, a criança pode produzir fonemas corretamente em algumas posições nas palavras, mas não em outras). 2

A gravidade do distúrbio articulatório varia de pouco ou nenhum efeito sobre a inteligibilidade da fala até uma fala completamente ininteligível, embora mesmo nestes casos, as pessoas da família compreendam o que a criança quer expressar. 


Disfemia

A disfemia é conhecida pela dificuldade em manter a fluência da expressão verbal, é um transtorno de fluência da palavra, que se caracteriza por uma expressão verbal interrompida em seu ritmo, de maneira mais ou menos brusca. O tipo mais comum de disfemia é a gagueira, também chamada de tartamudez.

A tartamudez se caracteriza pela interrupção da fluência verbal, por meio de repetições ou prolongamento dos sons, sílabas ou palavras. Freqüentemente, ela vem acompanhada de movimentos corporais, como balançar os braços e as mãos, piscar os olhos ou tremor labial, na tentativa de superar o bloqueio da fala. Observa-se que a freqüência e a intensidade da gagueira estão associadas ao estado emocional do indivíduo.

Muitas crianças apresentam uma disfluência, também chamada gagueira fisiológica, entre os dois e cinco anos de idade, o que é considerado normal, visto que o desenvolvimento e a aquisição da linguagem se dão de forma intensa nesse período. A criança apresenta uma fala vacilante, repetições de vocábulos, semelhantes ao gaguejar, mas assim como a disfluência aparece, com o desenvolvimento da criança ela cessa. Recomenda-se não chamar a atenção da criança a respeito desse comportamento, nem corrigi-la ou completar frases e palavras por ela. Nessa fase pais e professores necessitam paciência e a espera para que a criança possa voltar a falar com ritmo normal. A procura por um tratamento só deve ser feita se a disfluência permanecer após essa fase.

Não se reconhece uma etiologia única para a gagueira, e as formas terapêuticas e abordagens de tratamento são variadas, visando em alguns casos uma melhor adaptação social e emocional, passando pelo enfrentamento de situações de exposição verbal, pela diminuição da ansiedade e o aumento da auto-estima. 


Afasia

As afasias compreendem os transtornos de linguagem causados por uma lesão cerebral, ocorrida após a aquisição total da linguagem ou durante seu processo. Existem diferentes tipo de afasias, porém elas são definidas de acordo com o local lesionado.

Independente do local da lesão, a afasia é vista como um transtorno de linguagem no qual existe uma perda parcial ou total da capacidade de expressão dos pensamentos por sinais e da compreensão dos mesmos. Assim, entende-se que a afasia é a incapacidade de compreender a palavra falada, de leitura e escrita, embora essas últimas se apresentem em graus variáveis. 


Disfonia

É o principal sintoma de distúrbio da comunicação oral, no qual a voz produzida não consegue, apresenta dificuldades ou limitações em cumprir seu papel básico de transmissão da mensagem verbal e emocional do indivíduo (Casanova, 1992). Uma disfonia representa toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão natural da voz. Portanto, toda disfonia é uma limitação vocal, podendo ser classificada em um dos quatro graus de intensidade: Grau leve - disfonia eventual ou quase imperceptível, e o trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais habituais com mínima dificuldade, rara fadiga, e sem interrupções;

Grau moderado - disfonia percebida continuamente, a voz é audível, com oscilações, e o trabalhador consegue desempenhar suas atividades vocais habituais, com percepção (por si próprio e/ou por ouvintes) de esforço, falhas, fadiga eventual a frequente e necessidade de interrupções; Grau intenso - disfonia constante, a voz torna-se pouco audível, e o trabalhador não consegue desempenhar suas atividades, ou o faz com grande esforço, intensa fadiga e com grandes interrupções.

Grau extremo ou afonia – é a “quase ausência” ou “total ausência” de voz, a voz torna-se inaudível, exigindo escrita ou mímica para que a pessoa se faça entender e o trabalhador não consegue desempenhar suas atividades.


Tipos de disfonias

 Funcionais (ou primárias): quando o uso da voz é a causa da disfonia;

 Comportamentais: uso incorreto da voz, uso abusivo da voz, psicogênicas;

Orgânicas (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma alteração cuja causa independe da produção vocal Laringopatia. Representa o quadro de sinais e sintomas (ou síndrome) resultado do conjunto de quaisquer alterações, disfunções e/ou enfermidades laríngeas, do aparelho fonador ou de quaisquer outros sistemas orgânicos que possam repercutir na voz e/ou na fala, ou seja, causadas pelo mau uso ou abuso da voz.


Cuidados a ter com a voz

De acordo com o site (dica de saúde) no seu artigo sobre cuidados com a voz:

A voz é produzida na laringe através da vibração das pregas vocais (popularmente conhecidas como cordas vocais), que realizam seu movimento graças ao fluxo de ar que vem dos pulmões na expiração e a ação dos músculos da laringe. Este som vai se modificando na faringe, cavidade bucal, nasal e seios da face. Por fim, é articulado transformando-se em fala.

Existem várias cuidados que os ajudam a manter a voz saudável tais como:

·         Hidratar o organismo: beber de 7 a 8 copos de água por dia, em temperatura ambiente;

em ambientes com ar condicionado, que resseca as mucosas, intensificar a hidratação;

·         Tossir ou pigarrear excessivamente provoca atrito nas pregas vocais, podendo feri-las;

·         Falar sem esforço e articule bem as palavras;

·         Manter uma boa postura corporal ao falar ou cantar;

·         Ter uma alimentação saudável, rica em frutas e proteínas; 

·         Reduzir a quantidade de fala durante quadros gripais, crises alérgicas e período pré-menstrual;

·         Evitar falar por longos períodos, principalmente em ambientes ruidosos; 

·         Evitar gritar e dar gargalhadas exageradas;

·         Evitar ingerir leite e derivados, bebidas gasosas e chocolate, antes de utilizar a voz continuamente;

·         Evitar ingerir álcool em excesso, bem como outras drogas;

·         Cuidado ao cantar inadequadamente ou abusivamente.



Conclusão

Até hoje em dia existe grande dificuldade em diferenciar a fala da linguagem. Uma forma simples de diferencia estes conceitos é:  linguagem significa trocar informações (receber e transmitir) de forma efetiva, enquanto que a fala refere-se basicamente à maneira de articular os sons na palavra (incluindo a produção vocal e a fluência).

O retardo oral não tem para todos a mesma origem, a mesma evolução. Retardo oral ou atraso de linguagem misturam-se problemas diversos em sua expressão, origem e gravidade. Um outro aspecto, que também na linguagem poderão apresentar futuramente dificuldades acadêmicas, por isso, o diagnóstico e é desconhecido por muitos pais e até por profissionais da área, é que a linguagem oral está diretamente relacionada à aprendizagem.

Existem diferentes tipos de transtorno de linguagem tais como: dislalia que é um transtorno específico de articulação da fala corre quando a aquisição dos sons da fala pala criança está atrasada ou desviada;

Disfemia é conhecida pela dificuldade em manter a fluência da expressão verbal, é um transtorno de fluência da palavra, que se caracteriza por uma expressão verbal interrompida em seu ritmo, de maneira mais ou menos brusca.;

Afasia compreende os transtornos de linguagem causados por uma lesão cerebral, ocorrida após a aquisição total da linguagem ou durante seu processo;

E disfonia que é o principal sintoma de distúrbio da comunicação oral, no qual a voz produzida não consegue, apresenta dificuldades ou limitações em cumprir seu papel básico de transmissão da mensagem verbal e emocional do indivíduo.

Existem algumas formas de cuidar da voz e mantê-la saudável. Para isso é preciso hidratar o corpo bebendo muita água, evitar gritos e gargalhadas exageradas, evitar ingerir quantidades altas de alcóol, e.t.c.


FIM

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