segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

política social de Moçambique no período colonial duas classes Fundamental, estrutura social, emergência do proletariado urbano, a luta do proletariado urbano, a primeira guerra e crise econômica e social da década XX.

 

Índice

2.A política social 3

2.1. A estrutura social 3

3.1. A emergência do proletariado urbano. 3

3.2. A luta do proletariado urbano. 4

3.3. A Primeira Guerra Mundial e uma crise econômica e social da década 20. 5

3.5. As associações. 7

3.6. O papel da imprensa. 8

5. Referencias bibliográficas. 10

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. Introdução

O presente trabalho vai falar dos seguintes temas a política social de Moçambique no período colonial duas classes Fundamental, estrutura social, emergência do proletariado  urbano, a luta do proletariado urbano, a primeira guerra e crise econômica e social da década XX.

De seguida ira-se falar também das primeiras formações nacionalistas africanas, a diferença entre nacionalismo Europeu e Africano o papel das associações e da impressa.As manifestações liberais e árticas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.A política social

2.1. A estrutura social

Moçambique apresentava no período colonial duas classes fundamentais:           

Caixa de texto: Burguesia
Grande         Media     Pequena
 


                  

Caixa de texto: Campesinato
 

 


A grande burguesia vivia na metrópole e tinha grandes investimentos em Moçambique.  A seguir vinha na burguesia de mídia, baseada fundamentalmente por uma burguesia comercial local, baseada principalmente em Lourenço Marques, interessada no crescimento de importação e exportação de produtos de e para o campesinato e no trânsito de mercadorias de e para os países vizinhos.  Os seus estavam, portanto, bastante ligados à burguesia na Europa e na África do Sul.

Com o crescimento das cidades e a chegada de colonos à procura de trabalho, emergiram duas camadas sociais: uma de trabalhadores permanentes, construção e semiqualificados, e outra de pequena burguesia.  A grosso modo, podemos esquematizar uma estrutura social de Moçambique, no período colonial, da seguinte forma:

 

 

 

 


Estrutura social de Moçambique durante o período colonial.

3.1. A emergência do proletariado urbano

Qual era o papel específico de Moçambique na penetração imperialista?

Servir os interesses de acumulação de capital da burguesia internacional e da burguesia portuguesa.

Assim, Moçambique integra o complexo econômico da África Austral, através da construção e desenvolvimento dos portos e caminhos-ferro de Lourenço Marques e Beira.

Atenta na seguinte cronologia:

1887 - Início da construção do caminho-de-ferro LM-Transvaal;

1897 - Entrada em funcionamento da linha férrea Beira-Umtáli;  

1922 - Funcionamento do caminho-de-ferro Trans-Zambézia. 

As obras de construção então iniciadas exigiram a utilização de grandes contingentes de mão-de-obra, recrutados em regime de trabalho obrigatório, particularmente na área situada a sul do rio Save e em Sofala. 

3.2. A luta do proletariado urbano

Desde 1900, o poder colonial português consolidou-se no Sul de Moçambique e, paralelamente, reforçaram-se os laços econômicos com a África do Sul.

Como o governo precisasse de mão-de-obra barata, instituído o trabalho forçado.  Assim, Em 1904 foi criada a Curadoria dos Negócios Indígenas e Emigração com o objetivo supervisionar o recrutamento de trabalhadores para as minas sul-africanas, bem como pare o uso interno.

O governo colonial tentou sempre impedir o pagamento de preços elevados.  De qualquer modo, o nível de salários no porto e caminhos-de-ferro e em algumas empresas privadas atraiu sempre em número suficiente, tornando os empregos neste setor bastante competitivos em relação aos demais empregos na cidade.  Mas as injustiças salariais eram notórias quer para os trabalhadores voluntários (não contratados), quer para os Contratados, o que levou os trabalhadores a protestar e a organizar graves.

 Exemplo disso foram as manifestações reivindicativas ocorridas nas cidades de Lourenço Marques (Maputo) em 1905 (trabalhadores voluntários da empresa Llingham Timber) e 1906 (trabalhadores da Delagoa Bay).

3.3. A Primeira Guerra Mundial e uma crise econômica e social da década 20

Em  Maio de 1915, Portugal aliou-se na Gră-Bretanha, França e Rússia na Grande Guerra contra a Alemanha.  Como resultado da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o escudo português desvalorizou-se em relação à libra inglesa e como conseqüências não se fez esperar:

·         Crise monetária;

·         Aumento de preços dos produtos de necessidade;

·          Especulação desenfreada;

·         Queda dos salários reais dos trabalhadores urbanos e rurais; 

·         Aumento do mussoco e imposto de palhota, que, em algumas áreas, passou a ser exigido em libras, tanto ao trabalhador migrante como aos outros trabalhadores locais;

·         Agravamento das condições de vida do proletariado, do pequeno funcionário públicos

Com o fim da Guerra Mundial, em situação não melhorou, em manteve-se e veio em tomar maiores dimensões, agravando ainda mas em situação do proletariado urbano.  Alguns preferem migrar para os territórios vizinhos onde o trabalho era mas bem remunerado;  outros optam por desertar ao trabalho pouco remunerado.  A falta de mão-de-obra era evidente.  Entretanto, novas atinge o eclodem.  Atenta na cronologia:

1919

Greve dos estivadores(negros).

1920

Greve do pessoal de empresa de transportes urbanos (brancos).

Greve dos ferroviários (braços).

1921

Greve dos estivadores (negros).

1923

Greve do pessoal da empresa de trasportes urbanos (brancos).

1925

Agosto.  Greve geral na Beira.  Paralisação geral e concertada de trabalhadores, funcionários e pequenos empresários brancos, em protesto contra uma série de medidas decretadas pela administração da Companhia Majestática. 

1925

Setembro, Lourenço Marques.  Reivindicação dos trabalhadores a duplicação dos salários e melhores condições de vida. 

 

As reivindicações desse proletariado foram parcialmente atendidos: por um lado, saíram beneficiados os que já eram mas bem pagos e os responsáveis ​​a quem se atribuía a liderança e, por outro, outros dissolvam ou foram sentenciados a trabalhos pesados.

 Analisando a luta do proletariado urbano, podemos concluir que:

·         foi uma ação isolada e sem coordenação com os restantes trabalhadores:

·         não houve uma reunião entre os trabalhadores moçambicanos e portugueses;

·         a ideologia racista que os separou também separou, por sua vez, os próprios trabalhadores entre se; 

·         foi uma luta econômica, feita através de ações directas (greves) e ações indiretas (manifestações).

Não se pode negar o papel que o Estado colonial português aí teve.  Para furar como greves, o Estado colonial utilizou a seguinte estratégia:

·         Aliciamento dos principais mentores das greves;

·         A táctica de “dividir para reinar”, dando algumas regalias aos assimilados e mulatos;

·         Repressão, utilizando a polícia e outros instrumentos de repressão.

 O Estado colonial formal e conseguiu impedir o surgimento do proletariado forte e unido, bloco, não seio dos trabalhadores moçambicanos, em particular, o desenvolvimento de uma consciência de classe. 

A luta do proletariado urbano fracassou pelas seguintes razoes:

·         a falta de unidade (dentro do setor ferroportuário havia divisão entre trabalhadores Contratalos e não Contratados, entre estivadores e trabalhadores do cais e entre portuários e ferroviários;

·         a acção do Estado colonial, quer cooperando com empresas privadas, por forma para garantir mão-de-obra barata não qualificada, quer utillzando a força militar e policial para reprimi controlar, controlar e impedir a organização dos trabalhadores.

Apesar deste fracasso, esta luta provou que os Moçambicanos não estavam contentes com a situação colonial.

3.4. As primeiras formações nacionalistas

Como todo o nacionalismo africano, o de Moçambique nasceu da experiência do colonialismo europeu.  Um elenco de unidade nacional é o sofrimento comum durante os últimos cinqüenta anos sob o domínio inglês.  

Na Europa, por exemplo, siga o capitalismo, com suas exigências de centralização e unidade do poder político-econômico, que deu ao nacionalismo todo um material de base que colocaria o Estado como o ponto de partida e de chegada para uma identificação necessária da população com a nação, em África, como bem sistematizou Eduardo Mondlane, o nacionalismo africano nasceu da experiência do colonialismo europeu, da opressão colonial.  Assim, usando os próprios meios do colonizador, isto é, sua língua, sua técnica, sua religião e suas idéias, os africanos contestam a situação colonial, criando entre eles um sentimento de identidade nacional, Para melhor análise do fenômeno  nacionalismo africano, distinção muito fases:

Ø  A imitação da cultura européia;

Ø  Uma redescoberta dos valores tradicionais; 

Ø  A procura da síntese. 

Em Moçambique, devido à proibição de qualquer associação política e à necessidade de sigilo que tal impunha à erosão da sociedade tradicional e à ausência de uma educação moderna nas áreas rurais, não existem condições favoraveis ​​para o alastramento de idéias nacionalistas por todo o território. Por isso, foi só entre uma minoria predominantemente urbana, composta de intelectuais e assalariados, Indivíduos destribalizados, na sua maioria mulatos e assimilados, que desenvolva a idéia de uma ação de âmbito nacional.

Assim, encorajados pelo liberalismo da nova República em Portugal (1910-1926) e ideias pan-africanistas pelas, estes grupos criaram associações e fizeram protestos na imprensa contra os abusos do colonialismo, exigindo direitos iguais.

3.5. As associações

Como associações como associações associativas mas importantes em Moçambique surgirão os nossos últimos anos da monarquia portuguesa, constituídas fundamentalmente por mulatos e assimilados.  As mais importantes foram:

1908 - Grémio Africano de Lourenço Marques: participou no Congresso Pan-africano, realizado em Lisboa, em 1923.

1910 - Liga Atricana, que chegou a patrocinar a segunda parte do Congresso Pan-africano.  Realizado em Lisboa em 1923, em que se fez representar o Grêmio Africano.

1920 - Legalização do Grémio Africano de Lourenço Marques, que a partir de 1938 passou a designar Associação Africana da Colônia de Moçambique.

O Grêmio caracterizava-se pelo seguinte:

·         era dirigido pelos irmãos Albasini;

·         os seus membros eram mulatos e negros assimilados, com destaque para a Estácio Dias, Karel Pott e Francisco Benfica; 

·         a sua motivação era a valorização cultural e promoção intelectual da comunidade negra;

·         defesa dos mulatos e assimilados contra uma discriminação racial;

·         O veículo das suas idéias fé o jornal O Brado Africano.

 O Grémio Africano, segundo Rocha (2002: 260), fé na alma mater de muitas das iniciativas organizadas de associativismo africano no período republicano.

3.6. O papel da imprensa

A imprensa moçambicana desempenhou, neste período, um importante papel na contestação ao sistema colonial.  Um grande precursor da imprensa combativa deste período após Alfredo de Aguiar, angolano, que fundou os jornais O Imparcial e O Clamor Africano. 

Destacaram-se também os irmãos Albasini, que, nos seus escritos, quer no Brado Africano quer no O Africano reclamava reformas no sistema colonial, exigindo os mesmos direitos que os Portugueses.  O Brado Africano, devido às suas atividades, veio a ser suspenso em 1932.

3.7. As manifestações literárias e artísticas

Poetas, pintores e escritores também manifestaram o seu descontentamento perante o fato colonial. 

Homens como Rui de Noronha, Malangatana, José Craveirinha, João Craveirinha e Noémia de Sousa, entre muitos outros artistas, protestavam contra a situação colonial nos seus poemas, nas suas telas e nos seus escritos.

 

4. Conclusão

Após o termino do trabalho pode-se concluir que em Moçambique no período colonial apresentavam-se duas classes fundamentais A grande burguesia vivia na metrópole e tinha grandes investimentos em Moçambique.  A seguir vinha na burguesia de mídia, baseada fundamentalmente por uma burguesia comercial local, baseada principalmente em Lourenço Marques. Desde 1900, o poder colonial português consolidou-se no Sul de Moçambique e, paralelamente, reforçaram-se os laços econômicos com a África do Sul. Para o fim do regime contou-se com A imprensa moçambicana desempenhou, neste período, um importante papel na contestação ao sistema colonial, As manifestações literárias e artísticas Poetas, pintores e escritores também manifestaram o seu descontentamento perante o fato colonial. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. Referencias bibliográficas

Jose Luis Barbosa Pereira, pré-universitário  Historia 12 classes, Longman Moçambique, 1ª edição, Maputo 2010.

 

conhecimento, ética e verdade e os tipos de pesquisa

 

Índice

2. Conhecimento. 3

2.1. Tipos de Conhecimento. 3

2.2. Conhecimento popular 3

2.3. Conhecimento filosófico. 4

2.4.Conhecimento Religioso. 4

2.5.Conhecimento Científico. 4

3. Fundamentos da ética e da organização. 5

3.3. A Ética e verdade. 5

3.4. Relação da Ética com a Organização. 6

3.5. Valores ético-morais nas organizações. 6

4. Pesquisa. 7

4.1. Pesquisa exploratória. 8

4.2. Pesquisa descritiva. 9

4.3. Pesquisa explicativa. 10

4.4. Classificações quanto à natureza da pesquisa. 11

4.4.1. Pesquisa qualitativa. 11

4.4.2. Pesquisa quantitativa. 12

5. Conclusão. 14

6. Referencias bibliográficas. 15

 

 

 

 

 

1. Introdução

Com a realização do trabalho pretende-se falar sobre o conhecimento, ética e verdade e os tipos de pesquisa. Com finalidade de adquirir mais conhecimento a cerca dos temas abordados no presente trabalho. Desta forma buscando trabalhar a ciência e o conhecimento cientifica, a metodologia científica, trabalhos e pesquisa, da de forma sucinta. Sendo a problemática do artigo direcionado sobre as formas que o presente trabalho na hipótese de que o projeto de pesquisa deve ser a base que sustenta a construção de um bom trabalho.

 


2. Conhecimento

Conhecimento é o ato de conhecer, é ter idéia ou a noção de algo através de informações que lhe são apresentadas. A palavra conhecimento vem do latim cognoscere, que significa ato de conhecer. Conhecimento é basicamente olhar para o mundo e os seus elementos e representá-los a partir de idéias.

O conhecimento é formado por três elementos básicos:

·         o sujeito (ou cognoscente): a pessoa capaz de obter o conhecimento;

·         o objeto (ou cognoscível): o quê ou aquilo que se pode conhecer;

·         a representação: que é o entendimento do objeto pelo sujeito.

Há também duas teorias principais que explicam a origem do conhecimento, ou seja, como ele surge:

Empirismo: explica que o conhecimento é adquirido a partir da experiência, do contato do sujeito com o mundo;

Racionalismo: explica que todo conhecimento vem através da razão, do simples ato de pensar.

Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Não há dúvida, porém, quanto à inadequação desta definição, considerando-se o atual estágio de desenvolvimento da ciência. Há conhecimentos que não pertencem à ciência, como o conhecimento vulgar, o religioso e, em certa acepção, o filosófico. O fato de não se aceitar a definição etimológica não significa, porém, que seja possível hoje definir-se de forma bastante clara o que seja ciência. Poucas coisas em ciência são tão controversas quanto sua definição, havendo mesmo autores que consideram essa discussão insolúvel. (GIL 2007).

2.1. Tipos de Conhecimento

Verificamos, dessa forma, que o conhecimento científico diferencia- se do popular muito mais no que se refere ao seu contexto metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosófico e religioso (teológico).

2.2. Conhecimento popular

O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada  com base em estados  de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido, a uma formulação geral.

2.3. Conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação" (Trujillo, 1974:12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrario do que ocorre no  campo da  ciência, não podem ser confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.

2.4.Conhecimento Religioso

O conhecimento religioso, isto é, teológico, apóia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas (valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento  sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado. Assim, o  conhecimento  religioso ou teológico parte do princípio de que as “verdades” tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em “revelações” da divindade (sobrenatural).

2.5.Conhecimento Científico

Finalmente, o conhecimento científico é real (factual) porque lida  com ocorrências ou fatos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses tem sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.

3. Fundamentos da ética e da organização

3.3. A Ética e verdade 

Em qualquer dicionário corrente, podemos ver entre outras respostas quando nos questionamos acerca do que é a ética, e encontramos inúmeras definições, “moral”, “diferença entre bem e mal”, “comportamento bom ou mau”, “a ética é a ciência da moral”, para citarmos apenas as que nos parecem mais adequadas para a reflexão deste texto. Do nosso ponto de vista, associamos o termo “ética” à ideia de educação, formação humana, caracter das pessoas, desempenho e postura na organização em termos de relacionamento (Ferreira & Dias, 2005).

A ética no seu sentido etimológico é uma palavra que vem do grego ethos e define-se por duas formas (“Trigo (1999, p.225; Dias, 2004, p.85)” A primeira êthos”, refere-se ao modo de ser, ao caráter, à realidade interior donde provêm os atos humanos. a segunda éthos, indica os costumes, os hábitos ou o agir habitual; atos concretos que indicam e realizam o modo de ser da pessoa.

Ética para os Gregos, significa uma sociedade bem ordenada, uma boa sociedade. Indica os comportamentos que numa sociedade, na sua sabedoria e experiência, considera positivos para a ordem social, para o progresso e o aumento do bem-estar de todos. Tais comportamentos são precisamente “éticos” ou seja, eticamente honestos (Martini, 1993, p.9).  A palavra ética é usada em sentido absoluto, isto é: ético não é apenas aquilo que se costuma fazer numa sociedade identificada como boa, mas sobretudo aquilo que é bom em si mesmo; o que deve ser feito ou evitado, independentemente das vantagens pessoais, organizacionais ou sociais que daí possam advir, o que é digno do Homem, ou o que se lhe opõe, o que não se pode discutir nem transigir (Martini, p.10,11).

Podemos fazer uma reflexão da ética mais filosófica sobre os comportamentos humanos e sobre o sentido último, onde a existência de condutas superiores não tem preço porque ultrapassa o prazer, o lucro e o interesse de qualquer motivação. Podemos então dizer com Trigo (1999, p.267) que a ética é o estudo filosófico, explicativo dos factos morais, os quais são apreciações éticas, preceitos, normas, atitudes e manifestações de consciência.

3.4. Relação da Ética com a Organização

Sem nos perdermos em grandes considerações, com o conceito de organização, embora seja para nós apaixonante, pela sua dinâmica interna e externa, relações e composição, isto é, todo o conjunto organizacional na sua complexidade, como nós o definimos em Sociologia das Organizações, achamos que seja útil a sua análise sobretudo para o leitor menos familiarizado com ele. Se a relacionamos com a ética é preciso entendermos o que é, tendo em conta a sua base, ou seja, as pessoas e a coletividade como um fenômeno total, visto como conjunto organizacional complexo.

De acordo com a literatura existente podemos resumir a definição de organização do ponto de vista da origem do seguinte modo: a organização tem origem no Grego “Organon”, que significa instrumento, utensílio, órgão, ou aquilo com que se trabalha (significados, sd).

No que se refere à noção de organização assume dois significados: o primeiro designa unidades e entidades sociais, conjuntos práticos, como por exemplo bancos, fábricas, administração pública, escolas, hospitais, prisões, instituições de solidariedade social, etc. O segundo evidencia a organização como estrutura de realização de objetivos ou metas a atingir. É mais uma perspectiva instrumental das organizações.

Assim, na primeira noção a organização é uma entidade social, conscientemente coordenada e controlada, gozando de fronteiras delimitadas, que funcionam numa base relativamente contínua, tendo em vista a realização de determinados objetivos. A segunda designa certas condutas e processos sociais: ato de organizar tais atividades, a disposição de meios relativamente aos fins e a integração dos diversos membros numa unidade coerente (Nunes, 2007; Bilhim, 1996; Guedes, 2009).

3.5. Valores ético-morais nas organizações

O envolvimento das pessoas nas organizações é impossível sem uma ética de responsabilidade individual e coletiva, apoiada na moral e nos valores defendidos pelas regras universais. As funções e os papéis das pessoas nas organizações tornam-se efetivas quando todos se envolvem no seu conjunto, pondo de parte o individualismo, os interesses pessoais e se adotam comportamentos éticos em consonância com os valores presentes nas realidades que as integram.

Os valores associados à ética exigem critérios de coerência, empenhamento, comprometimento e verdade na e com a organização. Os valores são indispensáveis para o desenvolvimento e a confiança entre todos os participantes da organização, cada um sabe qual a sua posição e por isso havendo a obrigação de se comportar conforme as funções e os papéis que possui na estrutura da organização (Rego, 2000). Quanto mais altas as posições na hierarquia da organização, maior é a responsabilidade destas pessoas, maior atenção devem prestar aos valores e aos comportamentos éticos, pois o exemplo é mais forte do que as palavras por mais corretas que elas sejam têm pouco efeito, quanto muito tornam- se inúteis.

Por conseguinte, a ética tem sempre forte ligação aos valores considerados como exemplares no envolvimento globalizado da organização (Pinto, 2003). Neste sentido a ética é cada vez mais pensada, quando o fenômeno organizacional é analisado, tendo merecido uma crescente e especial atenção por escolas e autores que estudam estas matérias. Neste entendimento os valores não são uma opção, são sim uma necessidade sentida pelas pessoas, assim como também a ética. Podemos afirmar que ninguém pode viver bem e feliz quando tanto os  valores como a ética são postos em causa através de qualquer método não aceite universalmente.

Os defensores e preocupados com os valores, com a ética e a moral, adotam atitudes que se identificam com a dignidade humana, assumem a responsabilidade das suas ações. Estes comportamentos respeitam os valores dos outros, aplicam o humanismo, há um envolvimento em causas coletivas dando respostas aos apelos individuais nas organizações, mas também na comunidade. De facto, a ética e os valores, nas sociedades atuais, exigem muito no seu seguimento, porém dão um conforto considerável, uma tranqüilidade, às pessoas que investem em pô-los em prática.

Na realidade, a honestidade, a seriedade obriga-nos muito mais a SER. Este SER existencial que é ser bom, ser correto consigo próprio e com os outros, opção por valores ético-morais e não antiéticos, mesmo que isso seja violento, mesmo que isso traga algum cansaço, em termos psicológicos e sócias, tenha poucos que o acompanhem, mas seguramente capaz de lutar por objetivos, e ideais superiores, que do seu ponto de vista são os melhores, sempre o SER, menos o TER.

4. Pesquisa

Segundo Malhotra (2001), as pesquisas podem ser classificadas, em termos amplos, como exploratórias ou conclusivas. E as pesquisas conclusivas podem ser divididas em descritivas e causais.

Já para Castro (1976), genericamente, as pesquisas científicas podem ser classificadas em três tipos: exploratória, descritiva e explicativa. Cada uma trata o problema de maneira diferente.

Adotando classificação semelhante à de Castro (1976), Lakatos & Marconi (2001) consideram que existem, basicamente, três tipos de pesquisa cujos objetivos são diferentes: pesquisa exploratória, descritiva e experimental.

Enfim, apesar de os autores usarem nomes diferentes para os três tipos básicos de pesquisa, elas retratam os mesmos objetivos. Sendo assim, um dos tipos é a exploratória, o outro é a descritiva e um terceiro é a explicativa, que também pode ser denominada de causal ou experimental.

4.1. Pesquisa exploratória

Segundo Selltiz et al. (1965), enquadram-se na categoria dos estudos exploratórios todos aqueles que buscam descobrir idéias e intuições, na tentativa de adquirir maior familiaridade com o fenômeno pesquisado. Nem sempre há a necessidade de formulação de hipóteses nesses estudos. Eles possibilitam aumentar o conhecimento do pesquisador sobre os fatos, permitindo a formulação mais precisa de problemas, criar novas hipóteses e realizar novas pesquisas mais estruturadas. Nesta situação, o planejamento da pesquisa necessita ser flexível o bastante para permitir a análise dos vários aspectos relacionados com o fenômeno.

De forma semelhante, Gil (1999) considera que a pesquisa exploratória tem como objetivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que apresentam menor rigidez no planejamento, pois são planejadas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.

Segundo Malhotra (2001), a pesquisa exploratória é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior precisão. O seu objetivo é prover

Critérios e compreensão. Tem as seguintes características: informações definidas ao acaso e o processo de pesquisa flexível e não-estruturado. A amostra é pequena e não-representativa e a análise dos dados é qualitativa. As constatações são experimentais e o resultado, geralmente, seguido por outras pesquisas exploratórias ou conclusivas.

Para Aaker, Kumar & Day (2004), a pesquisa exploratória costuma envolver uma abordagem qualitativa, tal como o uso de grupos de discussão; geralmente, caracteriza-se pela ausência de hipóteses, ou hipóteses pouco definidas.

Segundo Mattar (2001), os métodos utilizados pela pesquisa exploratória são amplos e versáteis. Os métodos empregados compreendem: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências, estudos de casos selecionados e observação informal.

Para Zikmund (2000), os estudos exploratórios, geralmente, são úteis para diagnosticar situações, explorar alternativas ou descobrir novas idéias. Esses trabalhos são conduzidos durante o estágio inicial de um processo de pesquisa mais amplo, em que se procura esclarecer e definir a natureza de um problema e gerar mais informações que possam ser adquiridas para a realização de futuras pesquisas conclusivas. Dessa forma, mesmo quando já existem conhecimentos do pesquisador sobre o assunto, a pesquisa exploratória também é útil, pois, normalmente, para um mesmo fato organizacional, pode haver inúmeras explicações alternativas, e sua utilização permitirá ao pesquisador tomar conhecimento, se não de todas, pelo menos de algumas delas.

4.2. Pesquisa descritiva

Segundo Gil (1999), as pesquisas descritivas têm como finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Esse tipo de pesquisa, segundo Selltiz et al. (1965), busca descrever um fenômeno ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a relação entre os eventos.

Vergara (2000, p. 47) argumenta que a pesquisa descritiva expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza. "Não têm o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação". Cita como exemplo a pesquisa de opinião.

De acordo com Aaker, Kumar & Day (2004), a pesquisa descritiva, normalmente, usa dados dos levantamentos e caracteriza-se por hipóteses especulativas que não especificam relações de causalidade.

A elaboração das questões de pesquisa exige um profundo conhecimento do problema a ser pesquisado. “O pesquisador precisa saber exatamente o que pretende com a pesquisa, ou seja, quem (ou o que) deseja medir, quando e onde o fará, como o fará e por que deverá fazê-lo” (MATTAR, 2001, p. 23).

Para Triviños (1987, p. 110), “o estudo descritivo pretende descrever “com exatidão” os fatos e fenômenos de determinada realidade”, de modo que o estudo descritivo é utilizado quando a intenção do pesquisador é conhecer determinada comunidade, suas características, valores e problemas relacionados à cultura.

4.3. Pesquisa explicativa

Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objetivo básico a identificação dos fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenômeno. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenômenos.

Para Lakatos & Marconi (2001), este tipo de pesquisa visa estabelecer relações de causa-efeito por meio da manipulação direta das variáveis relativas ao objeto de estudo, buscando identificar as causas do fenômeno. Normalmente, é  mais realizada em laboratório do que em campo.

A pesquisa causal (explicativa) baseia-se, muitas vezes, em experimentos, envolvendo hipóteses especulativas, definindo relações causais. Como os requisitos para a prova de causalidade são muito exigentes, as questões de pesquisa e as hipóteses relevantes têm que ser muito específicas (AAKER, KUMAR & DAY, 2004).

De acordo com Mattar (2001), na prática, as relações de causa e efeito não são simples como a maioria das pessoas pensa. O senso comum acredita que uma única causa é responsável pelo efeito, o que recebe o nome de causação determinística. Entretanto, o cientista sabe que é difícil a atribuição de causalidade e raramente espera encontrar uma única causa. Ele tem consciência de que pode ter várias causas possíveis para o efeito pressuposto.

“Inclusive, jamais chega a afirmar categoricamente a relação de causalidade, mas sim em termos de probabilidade, com afirmações do tipo: ‘se ocorrer isto, provavelmente deverá ocorrer aquilo’. É a chamada causação probabilística” (MATTAR, 2001, p. 31).

Ainda segundo este autor,  são três os critérios para inferir causalidade:

·         A variação concomitante – é o estabelecimento de uma hipótese em que há uma ocorrência de uma variação conjunta entre uma possível causa (x) e um efeito (y);

·         0rdem de ocorrência das variáveis no tempo – a causa (x) deve anteceder o efeito (y), para que se possa estabelecer relação entre os dois;

·         Eliminação de outros fatores – nesta fase, diferentemente dos dois casos anteriores, não existe regra para aplicação deste critério. O pesquisador deve usar sua experiência e sensibilidade para encontrar e eliminar outros fatores.

O objetivo destes três critérios é proporcionar uma base razoável para que se possa inferir sobre o resultado. Jamais se deve tomar como absolutamente verdadeiros. Obtém-se mais confiabilidade quando repetidas experimentações com as mesmas variáveis dão resultados semelhantes.

Segundo Malhotra (2001), os experimentos evidenciam de modo mais convincente estes três critérios. Forma-se um experimento quando uma ou mais variáveis independentes são manipuladas ou controladas pelo pesquisador, medindo-se seu efeito sobre uma ou mais variáveis dependentes.

 4.4. Classificações quanto à natureza da pesquisa

As pesquisas científicas podem ser classificadas, quanto à natureza, em dois tipos básicos: qualitativa e quantitativa e um misto dos dois tipos.

4.4.1. Pesquisa qualitativa

A pesquisa qualitativa é entendida, por alguns autores, como uma “expressão genérica”. Isso significa, por um lado, que ela compreende atividades ou investigação que podem ser denominadas específicas.

Segundo Triviños (1987), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu significado, tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. O uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as conseqüências.

Assim, a pesquisa qualitativa ou naturalista, segundo Bogdan & Biklen (2003), envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes. Entre as várias formas que pode assumir uma pesquisa qualitativa, destacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e o estudo de caso.

4.4.2. Pesquisa quantitativa

 

Segundo Richardson (1999), a pesquisa quantitativa é caracterizada pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas.

Para Mattar (2001), a pesquisa quantitativa busca a validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final da ação. Ela quantifica os dados e generaliza os resultados da amostra para os interessados.

Segundo Malhotra (2001, p.155), “a pesquisa qualitativa proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística”. A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para explicar os resultados obtidos pela pesquisa quantitativa.

4.3. Pesquisa em administração

De acordo Daft (1999) a formação do profissional em administração de empresas requer um grande empenho, tendo em vista que este profissional irá se deparar com muitas situações adversas, tendo que constantemente se adequar a mudanças internas dentro de uma organização em como a mudanças externas, incluindo o mercado, concorrência, demanda de novos produtos e serviços, funcionários em fase de adaptação e evolução, adequar a metodologias novas, reciclagem de conhecimento constante, tanto quanto o uso da pesquisa científica dentro da matéria administrativa e dos métodos de melhoria e controle em relação ao gerenciamento da organização.

Segundo Maximiano (2000) este profissional precisa deter alta capacidade de raciocínio lógico e preparo o que é exigido e indispensável para a estrutura organizacional de qualquer empresa, seja privada, seja publica.

Ainda segundo Maximiano (2000) um administrador deve estar constantemente preparado para a abordagem de conhecimentos que possa lhe competir administrar os ambientes da empresa, para tanto, o administrador que e vale com da pesquisa científica tem a possibilidade de realizar previsões assertivas e deter o traçar para desenhar o futuro em busca de melhorias para a organização.

 

 

5. Conclusão

Fim do trabalho conclui-se que Conhecimento é o ato de conhecer, é ter ideia ou a noção de algo através de informações que lhe são apresentadas. Conhecimento é basicamente olhar para o mundo e os seus elementos e representá-los a partir de ideias. O conhecimento é formado por 3 elementos básicos, Pode-se aprender que a ética para os Gregos, significa uma sociedade bem ordenada, uma boa sociedade. Indica os comportamentos que numa sociedade, na sua sabedoria e experiência, considera positivos para a ordem social, para o progresso e o aumento do bem-estar de todos, por fim Segundo Malhotra (2001), as pesquisas podem ser classificadas, em termos amplos, como exploratórias ou conclusivas. E as pesquisas conclusivas podem ser divididas em descritivas e causais.

 

 

6. Referencias bibliográficas

SOUZA, Aluísio José Maria de et. Al. Iniciação à lógica e à metodologia da ciência. São Paulo: Cultrix, 1976. Capítulo 1.

 

TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciência. 2 ed. Rio de Janeir: Kennedy, 1974. Capítulo 1.

 

Maria Olívia Dias, ÉTICA, ORGANIZAÇÃO E VALORES ÉTICO-MORAIS EM CONTEXTO ORGANIZACIONAL,  Gestão e Desenvolvimento, (2014)

Prof. Maxwell Ferreira de Oliveira, METODOLOGIA CIENTÍFICA, um manual para a realização de pesquisas em administração, CATALÃO-GO 2011.